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sábado, 2 de maio de 2015

Como Parar a Ecolalia em Crianças com Autismo

Ecolalia é a repetição de sons que crianças autistas costumam fazer. A coisa boa da ecolalia é que é uma boa indicação do desenvolvimento da linguagem da criança. No entanto, se não for verificada, a ecolalia pode se tornar um hábito que interfere na aquisição das habilidades sociais da criança. A melhor forma possível de parar a ecolalia é ensinando à criança autista formas mais eficientes de comunicação.

Método 1 de 3: Ensinando Seu Filho as Formas de Responder Perguntas
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1
Ajude seu filho a entender que não tem problema dizer “eu não sei”. Para perguntas às quais elas não sabem a resposta, crianças autistas devem ser ensinadas a dizer “eu não sei”. Dessa forma, a ecolalia pode ser controlada fazendo sua parte para melhorar as habilidades de comunicação da criança.
  • Há evidências que sugerem que treinar uma criança a usar “eu não sei” para responder a perguntas ajuda-a a escolher e usar novas frases adequadamente. Dessa forma, a repetição da última palavra ou da mesma frase que elas ouvem pode ser controlada.
  • Podem perguntar para a criança algo com que ela não é familiarizada. Por exemplo: onde estão seus amigos? Para ajudá-la a lidar com a pergunta, a resposta “eu não sei” pode ser útil. Essa pergunta pode ser feita repetidamente e auxiliada respondendo como mesmo “eu não sei” até que a criança finalmente responda sozinha.
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2
Motive seu filho a dar a resposta certa. Crianças com autismo estão propensas a recorrer à ecolalia quando elas não sabem o que dizer ou como responder a uma pergunta. Elas não sabem que respostas seriam apropriadas para a pergunta. Então a melhor abordagem é ensinar a criança a resposta correta.
  • Por exemplo: para a pergunta ‘qual é o seu nome?’, a resposta correta pode ser ensinada em vez de “eu não sei”. O exercício pode ser repetido até a criança dar a resposta correta quando for questionada.
  • Mas essa abordagem nem sempre é aplicável. A criança pode não aprender as respostas corretas para todas as perguntas. Por exemplo: qual é a cor da sua camisa? A cor irá mudar de acordo com a camisa que ela estiver usando em um dia particular. Pode não haver uma única resposta. Então essa abordagem só pode ser empregada para questões padrões.
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3
Ajude seu filho a superar a ecolalia usando um jogo de preencher as lacunas. A criança pode aprender a usar o formato de preencher lacunas. Por exemplo: “Eu quero comer -----,” e mostre a elas as opções, por exemplo, maçã ou biscoito.
  • Deixe-as dizer o que elas querem para preencher a lacuna. Se elas não conseguirem dizer o que querem, você pode perguntar se elas desejam comer uma maçã ou um biscoito.
  • Provavelmente a criança irá repetir a última palavra que ela ouviu, como biscoito, mesmo se quiser comer maçã. Então dê a ela o biscoito, e se ela parecer insatisfeita com isso, tente dizer “parece que você não quer comer esse biscoito. Então você quer comer essa maçã?” E mostre a maçã a ela. “Se você quiser comer essa maçã, diga ‘sim’”. Um ‘sim’ pode ser dito para ajudar a criança.
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4
Ensine ao seu filho respostas prontas. Uma das técnicas que podem garantir o mesmo sucesso para parar a ecolalia em crianças é a criação de respostas prontas para ela começar a usar.
  • Elas podem se tornar as respostas para algumas das perguntas mais comuns e gerais. Quando a criança conseguir lidar com questões gerais, ela pode seguir em frente para lidar com outras perguntas, que têm traços de indagações mais comuns, mas que podem ser mais específicas.
  • Esse processo gradual pode fornecer instrumentos para construir confiança, vocabulário, comunicação e interação adequada na criança.
Método 2 de 3: Usando Técnicas de Exemplo
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1
Entenda o que é a técnica de exemplo. Para tratar a ecolalia e estimular respostas adequadas na criança, o pai, terapeuta ou qualquer outro adulto lidando com a criança terá que dizer coisas na forma como as respostas devem ser usadas pela criança.
  • Isso é porque a criança tende a repetir o que foi dito a ela, que pode aprender as respostas certas ouvindo o que deve repetir e aprender.
  • Então, em vez de fazer perguntas à criança e ensiná-la as respostas certas, a ênfase deve ser levada à imitação de respostas, porque uma criança autista com ecolalia irá repetir exatamente o que você disser a ela. Essa técnica é chamada de "exemplo".
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2
Use as palavras exatas que você gostaria que a criança usasse. A técnica de exemplo deve incluir as palavras exatas e frases que a criança entende, seleciona e reproduz. Se ela não gostar de participar de uma atividade, ela pode expressar o desagrado gritando, ficando violenta, chorando ou de outras formas desagradáveis. Como elas são tão boas em repetir, as crianças podem ser auxiliadas a dizer palavras e frases como ‘não quero’, ‘não’, ‘agora não’.
  • Por exemplo: você já sabe que a criança não gosta de brincar com certo brinquedo, mas para ensiná-la a expressar isso verbalmente, pode fazê-la brincar com esse brinquedo e ficar usando frases ou palavras como ‘não’, ‘não gosto’, ‘não quero’.
  • Dessa forma, você pode tirar vantagem da ecolalia para ensinar a criança a se comunicar e aprender o vocabulário. Quando a criança escolher as palavras e frases certas para se comunicar, a ecolalia gradualmente começará a desaparecer.
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3
Construa o vocabulário e as habilidades de comunicação do seu filho. Se você pretende dar um lanche a ele ou se for hora do leite, então é necessário dar um exemplo dizendo “----- quer tomar leite (o nome da criança deve ser usado na parte em branco). “------ está pronto para comer”.
  • Como a criança é boa em lhe repetir, isso pode ser usado para construir o vocabulário e comunicação. Geralmente, uma criança autista recorre à ecolalia porque não sabe o que dizer e como responder a pergunta, solicitação ou exigência.
  • Mas quando ele está selecionando a linguagem e construindo seu vocabulário, então a necessidade de se comunicar verbalmente substitui a ecolalia.
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4
Diga frases para seu filho, em vez de apenas fazer perguntas. Ao usar a técnica do exemplo para controlar a ecolalia na criança, é melhor evitar perguntas como “você quer isso?”, “Você quer que eu lhe ajude?”, “Você gosta disso?”, porque elas ficarão estagnadas nesse padrão de perguntas, como resultado da tendência de selecionar o que elas ouvem. Então, dê o exemplo do que ele deve dizer.
  • Por exemplo: se você o vir tentando alcançar algo, em vez de perguntar “Você quer que eu lhe ajude?”, ou “eu devo lhe dar isso?”, tente dizer “me ajuda a pegar o brinquedo”, “me levanta para eu pegar o livro”. Repetidamente expondo-a ao que ela deve aprender ou repetir, a criança pode superar a ecolalia.
  • Finalmente, isso resolve a necessidade da criança de fazer repetições irrelevantes devido à sua inabilidade de responder adequadamente. Quando ela começar a aprender e a entender as nuances da comunicação simples, ela poderá seguir em frente sem o uso da ecolalia.
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Evite dizer o nome da criança quando estiver praticando o modelo de exemplo. Deve-se tomar cuidado quando tentar conversar ou ensinar uma criança autista que usa a ecolalia, porque ela tem uma tendência forte de repetição. Ela também é muito boa em imitar. Então elas escolhem o que ouvem com uma facilidade relativa.
  • Por exemplo: quando seu filho precisar ser elogiado por um trabalho bem feito, em vez de usar o nome da criança, use a palavra que a parabeniza sozinha. Em vez de dizer “muito bom, Alex”, diga apenas “muito bom” ou mostre através de ações, na forma de beijos ou abraços.
  • Em vez de dizer “Oi Alex”, pode ser melhor dizer apenas “oi”. Usar o nome dele nessas situações é como reforçar a ecolalia, porque quando ele tiver que dizer “oi”, ele tende a acabar usando o próprio nome também.
Método 3 de 3: Buscando Apoio para Seu Filho
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Matricule seu filho em um programa de terapia musical. Pesquisas mostram grandes evidências de que a terapia musical tem um efeito profundo no tratamento dos sintomas do autismo em crianças e adolescentes.
  • Pode ser usado para melhorar a comunicação verbal e não verbal, e para melhorar habilidades sociais, enquanto reduz o comportamento de imitação. Terapia musical age como um estímulo e facilita o desenvolvimento da linguagem, enquanto atrai a atenção de crianças com autismo.
  • Músicas e jogos estruturados com música são parte da terapia musical. Essa intervenção musical é baseada na estrutura na qual a criança é encorajada a participar em comunicação recíproca, envolvendo-a em uma seleção de música.
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2
Marque uma consulta com um fonoaudiólogo. Ele pode lidar com o problema e oferecer soluções a uma variedade de problemas relacionados à fala e comunicação. Essa técnica envolve:
  • Massagear e se certificar de que os músculos faciais e os lábios recebam exercícios amplos para garantir que a articulação seja refinada.
  • Envolver a criança no canto de músicas particularmente rítmicas e fáceis.
  • Usar o sistema de comunicação por troca de imagens que integra fotos e palavras. A criança pode aprender a usar fotos e depois relacioná-las às palavras.
  • Uso de sistemas eletrônicos. Crianças com autismo geralmente são boas com computadores e outros eletrônicos. Então elas podem ficar envolvidas com a digitação.
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Ajude seu filho a se sentir mais tranquilo. Às vezes, a criança usa a ecolalia como uma reação natural às coisas que a sobrecarregam. Ela busca refúgio na ecolalia como uma forma de ter uma confirmação para si mesmo de que tudo está bem. Alguns dos fatores que podem perturbar a tranquilidade frágil da criança são a falta de uma dieta adequada e de descanso, sentir-se emocionalmente estressado, entediado ou cansado. Então cabe ao pai ou ao adulto fornecer o apoio e o cuidado necessários para a criança.
  • Crianças com autismo desenvolve ecolalia como forma de comunicação, porque elas estão dispostas a se comunicar, mas não têm as palavras, as frases e a gramática certa. Isso pode estressá-la. O pai pode precisar sustentar suas necessidades emocionais tentando envolver a criança em uma forma melhor e mais eficaz de comunicação.
  • Tente envolver a criança em várias outras atividades que sejam adequadas a ela, como esportes, arte, etc. Isso pode estimular a confiança dela, e quando isso acontece, a criança estará mais disposta a fazer esforços para ter uma conversa mais significativa, deixando a ecolalia desaparecer.
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4
Saiba a diferença entre ecolalia imediata e atrasada. A ecolalia pode ser tanto imediata quanto atrasada. Exemplo de ecolalia imediata: você deve perguntar para a criança “você tomou o café da manhã?” e a criança responde algo como “tomou o café da manhã?”.
  • Exemplo de ecolalia atrasada: a criança ouve alguém dizer algo, provavelmente na televisão, telefone, filme, etc., e guarda isso na memória e usa quando for necessário. Por exemplo: o garoto pode ouvir algo como “eu amo panqueca”, então depois, quando tiver fome, ele tenta transmitir essa informação dizendo “eu amo panqueca”, embora ele não tenha a intenção de comer panqueca para saciar sua fome.
  • Se a criança usar ecolalia, então é provável que ela entenda o conceito de comunicação e esteja disposta a aprender a se comunicar, e que também esteja tentando se comunicar sem ter as habilidades para se envolver em uma comunicação significativa e eficaz.
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Crie um bom ambiente de aprendizado para seu filho. A presença da ecolalia se torna mais pronunciada durante as situações e tarefas que a criança acha incompreensíveis, desafiadoras ou imprevisíveis. Essas situações e tarefas criam medo, raiva, ansiedade e um sentido de insegurança que provoca a ecolalia. Então, criar uma atmosfera favorável para a sua participação e envolvimento em tarefas, atividades e aprendizado é vital para que ela supere a ecolalia.
  • Ela deve receber tarefas e atividades que não a estimulem exageradamente. Seu progresso deve ser avaliado cuidadosamente antes que ela siga em frente para o próximo nível de aprendizado. Isso é para construir gradualmente a confiança. Exemplos de ecolalia tendem a ser reduzidos quando a criança cria confiança.
  • A ecolalia pode surgir quando a criança acha difícil compreender o que está sendo pedido a ela. Quando tem confiança, ela ficará confortável o suficiente para dizer que não consegue seguir o que ouviu e pedirá ajuda para entender.
Dicas
  • Para chamar a atenção da criança para construir seu vocabulário e demonstrar habilidades de comunicação, os pais podem se esforçar para ajudar seu filho a entender as palavras, frases e seus significados. Frases podem ser usadas em um formato simplificado para a criança entender facilmente. O uso de sistemas visuais pode ser empregado, porque crianças com autismo gostam de aprender visualmente. Esses sistemas podem ser na forma de fotos, imagens, cartões, desenhos e cores.

Fonte: WikiHow



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domingo, 1 de março de 2015

Tudo o que você queria saber sobre autismo e Fábio Porchat não teve vergonha de perguntar!


Fabio Porchat chamou  Nicolas Brito um autista para uma conversa só para entender um pouco mais sobre autismo. A conversa foi descontraída e leve.


Entenda um pouco mais sobre os tipos do autismo.

Identificamos que existem vários tipos de Autismo, entretanto cada síndrome com sua nomenclatura específica:
Autismo Clássico, Síndrome de Asperger, Autismo Atípico, Autismo de Alto Nível Funcional, Perturbação Semântica-Pragmática, Perturbação do Espectro do Autismo.

O que significam essas palavras e expressões?


Todas estas palavras e expressões são utilizadas para descrever formas de autismo ou estados relacionados com o autismo (autismo). O autismo é uma dificuldade qualitativa que afeta a forma como uma pessoa comunica-se com outras pessoas e relaciona-se com o mundo à sua volta. As pessoas com autismo têm dificuldades em duas áreas principais. Estas áreas são, por vezes, chamadas tríade dos desvios qualitativos (da comunicação):

-> Dificuldades em compreender e usar a linguagem para comunicar-se.

-> Dificuldades nas interações sociais e nas relações com pessoas.

Muitas pessoas com autismo têm reações incomuns às sensações como sons, luzes ou toques. Podem ter também dificuldades de aprendizagens, dislexias ou outras dificuldades. Contudo, as pessoas com Síndrome de Asperger, não têm dificuldades de aprendizagem, mas partilham as duas principais dificuldades apresentadas acima.
Pensam que existem mais de 535.000 pessoas com autismo no Reino Unido. O autismo é mais comum nos homens do que nas mulheres.
As pessoas com autismo não têm deficiência física. Não necessitam de cadeiras de rodas e a maioria parece igual a qualquer outra pessoa que não tenha autismo. Por isto, pode ser mais difícil para as outras pessoas compreenderem como é ter autismo.

O que causa o Autismo?   


 Ninguém sabe ao certo qual é a causa, mas existem estudos que apontam possíveis ligações genéticas. Também pode ser associado com a forma como o cérebro se desenvolveu antes, durante ou pouco após o nascimento.

O autismo não é causado por mau desempenho dos pais ou pela educação de uma criança.

Dificuldades com a linguagem e habilidades de comunicação

As pessoas com autismo poderão:

-> Ter dificuldades em compreender e utilizar gestos, expressões faciais ou tons de voz;
-> Ter dificuldade em responder a perguntas ou em seguir instruções;
-> Repetir o que foi dito. Isto significa “ecolália”;
-> Ter dificuldades em iniciar e manter uma conversa
-> Usar palavras complexas, mas não compreender o sentido destas
-> Falar de um interesse específico que têm, sem se aperceberem de que os outros não partilham desse interesse;
-> (Algumas pessoas com autismo) poderão não desenvolver a fala.

Como você pode ajudar:

-> Atraia a atenção da pessoa antes de iniciar uma conversa (por exemplo, dê um toque no ombro da pessoa autista ou diga o nome dela).
-> Utilize um nível de linguagem que a pessoa possa compreender.
-> Fale claramente e use palavras curtas.
-> Utilize imagens para ajudar à compreensão.
-> Dê tempo ao autista para que ele reaja ao que você disse.
-> Considere outras formas de comunicação, tais como a escrita, gestos ou utilize imagens se for necessário.

Dificuldades com a interação social e relação com pessoas

As pessoas com o autismo poderão:
-> Ter dificuldades em compreender as emoções e sentimentos das outras pessoas;
-> Ter dificuldade em expressar as suas emoções e sentimentos de uma forma socialmente aceita.
-> Querer interagir com outras, mas não saber como interagir;
-> Ter dificuldade em relacionar-se com outras pessoas, mas não saber interagir com os outros.
-> Não compreender as regras sociais para diferentes situações,
-> Não querer partilhar atividades com outros;
-> Não gostar de conhecer outras pessoas;

Como você pode ajudar:

-> Aceite que a pessoa autista pode precisar de algum tempo a sós;
-> Tente expressar claramente os seus sentimentos. Caso se sinta feliz, mostre-se feliz e diga que está feliz;
-> Incentive a pessoa autista a interagir com os outros, por exemplo, se gostar de computadores, não poderia entrar para uma comunidade eletrônica?
-> Com o tempo, ajude a pessoa a desenvolver habilidades em relação à interação social, talvez treinando certas situações em casa ou na escola. Um assistente social, professor ou outro profissional poderá ser capaz de ajudar;
-> Ajude a pessoa autista a compreender e a explicar os seus sentimentos. Por exemplo, dê ao seu filho o brinquedo preferido dele e diga: Isto te faz feliz.

Anomalias Motoras

-> Podem permanecer imóveis durante um tempo prolongado.
-> Distúrbios de comportamento, atos rituais esteorotipados, repetição de um mesmo movimento, com o tronco para frente e para traz.
-> Movimentos com as mãos e os braços no vazio, sem qualquer significado.
-> Caminhar rígido ou em círculos, com os braços apertados sobre o corpo.
-> Hiperatividade.

Características comportamentais

Devido às dificuldades que enfrentam algumas pessoas com autismo poderão parecer comporta-se de forma inadequada. As razões pelas quais isto acontece podem ser:

-> A pessoa está tentando se comunicar;
-> A pessoa não compreende as regras sociais;
-> A pessoa sentir-se ansiosa, assustada ou frustrada;
-> A pessoa gosta de uma determinada atividade, mas não compreende as conseqüências desta. Por exemplo, uma pessoa com autismo adorava o som do vidro partindo-se, mas não percebia que não era seguro nem aceitável partir vidros em público.

Como você pode ajudar

-> Trabalhe com a pessoa autista no sentido de incentivá-la à utilização de melhores formas de comunicação;
-> Canalize o comportamento para formas socialmente aceitas. Por exemplo, se a pessoa gosta de bater palmas com força, incentive-a a tocar um instrumento como a bateria;
-> Se a pessoa estiver ansiosa ou aborrecida, procure um lugar sossegado onde ela possa acalmar-se;
-> Se você souber que existe um objeto que ajudará a criança autista a acalmar-se, como um brinquedo preferido, mantenha-o por perto;
-> Dê alternativas sempre que possível. Por exemplo, se a pessoa não gosta de barulhos intensos, dê a ela fones de ouvido para usar quando estiver na rua;
-> Procure o aconselhamento de um médico se você considera que pode haver um problema de ordem médica;
-> Exponha lentamente a pessoa a algumas das situações com as quais ela tem dificuldades;
-> Dê há ela tempo para desempenhar a sua atividade preferida num ambiente seguro.

Fonte : http://autismonainfancia.blogspot.com.br/
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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

NÃO É AUTISMO, É IPAD!

A fonoaudióloga Maria Lúcia Novaes Menezes está preocupada com um fenômeno que tem percebido nos últimos tempos: o aumento do número de crianças muito novas – de dois ou três anos – usando tablets.
Profissional com mais de 30 anos de experiência, a doutora tem atendido, em seu consultório no Rio de Janeiro, inúmeros casos em que os pais chegam a suspeitar que os filhos são autistas, sem perceber que o uso prolongado de tablets, joguinhos eletrônicos e celulares é que está dificultando o desenvolvimento da comunicação das crianças.
Fiz uma breve entrevista com a doutora Maria Lúcia Novaes Menezes. Aqui vai a conversa:

A senhora disse estar assustada com o número de pais que deixam filhos pequenos - crianças de dois ou três anos - usarem tablets. Isso tem aumentado nos últimos tempos?
A cada ano percebe-se que aumenta o número de crianças com menos de três anos de idade fazendo uso de tablets. Podemos observar, nos shoppings, bebês com tablets pendurados nos carrinhos. Isso tem prejudicado o desenvolvimento da linguagem e, principalmente, da socialização.

Quais as consequências que a senhora tem percebido nas crianças?
Se considerarmos que, nos primeiros três anos de vida da criança o desenvolvimento da cognição social se dá através do desenvolvimento da intersubjetividade, ou seja, que as diferentes fases da interação da criança com seus pais e cuidadores se dão através de compartilhar experiências e do olhar da criança para o outro, a utilização do tablet impede estas ações.
O tablet, utilizado por longo tempo, retira do contexto da criança esse contato fundamental para a socialização, causando um prejuízo no desenvolvimento das habilidades humanas que dependem da socialização, do envolvimento com o outro, prejudicando o desenvolvimento da socialização e do aprendizado que depende de experiências com o mundo à sua volta.

A senhora mencionou que alguns pais a procuram para tratar de supostos problemas de comunicação das crianças, sem perceber que o uso do tablet é uma das principais razões para isso.
O que tenho observado, principalmente no último ano de clínica, é que o uso do tablet e outros eletrônicos está cada vez mais tomando o lugar da interação entre as crianças e seus pais e o brincar no contexto familiar. Os pais passam muito tempo no trabalho, chegam em casa cansados e, quando os filhos querem assistir desenhos e joguinhos no tablet, eles liberam, em vez de tentar conversar ou brincar.
Como conseqüência, se a criança tem alguma dificuldade para adquirir a linguagem e a socialização, essa pouca comunicação com os pais poderá desencadear esse déficit. Talvez, em um contexto familiar onde fosse mais estimulado a se comunicar e brincar, essa dificuldade não aparecesse de forma tão acentuada. Essa hipótese surgiu da minha prática clínica, onde na entrevista com os pais eles relatam o uso de tablets, jogos no celular e DVD. Tem acontecido com freqüência que a observação dos pais da forma que interagimos e brincamos com a criança no set terapêutico e como, aos poucos, seu filho vai começando ou expandindo a sua comunicação e o interesse em brincar, eles mudam a dinâmica com seus filhos no contexto familiar, a comunicação verbal e social da criança começa a expandir, os pais ficam mais tranqüilos e mais próximos dos filhos, e a criança, tendo a companhia do pai ou da mãe, passa a se interessar mais pelos brinquedos e em brincar e diminui o interesse pelo tablet, DVDs e joguinhos nos celular.

A senhora mencionou casos em que os pais suspeitavam ter um filho autista, mas o problema da criança se resumia a uso prolongado de novas tecnologias.
No ano de 2014 atendi crianças com idade em torno de dois anos, trazidas com queixa de comunicação social e desenvolvimento da fala, os pais suspeitando de autismo. Mas, ao mudar a dinâmica familiar, essas crianças apresentaram uma mudança muito grande na sua comunicação social e verbal.

O que os pais devem fazer para evitar problemas desse tipo, numa época em que os tablets estão em todos os lugares?
Sei que é difícil ir contra o sistema e penso que a criança deve ser cobrada pelos amiguinhos para ter e usar um tablet. O que talvez auxiliasse a romper com o hábito dos joguinhos eletrônicos e tablets seria restringir ao máximo possível o uso do tablet. Talvez a melhor forma de se conseguir é dando mais atenção ao filho através de conversas, do brincar, e utilizar mais jogos não eletrônicos e mais interativos.
Currículo de Maria Lúcia Novaes Menezes
Fonoaudióloga formada em 1984 pela Faculdades Integradas Estácio de Sá, mestre em Distúrbios da Comunicação, em 1993, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com cursos na New York University reconhecidos e creditados neste mestrado e doutora em Saúde da Criança e da Mulher pela Fundação Oswaldo Cruz (2003). Aposentada da FIOCRUZ em 2014, mas ainda permanecendo como orientadora do projeto de pesquisa do Ambulatório de Fonoaudiologia Especializado em Linguagem / AFEL. Atua como fonoaudióloga na clínica em avaliação e diagnóstico dos distúrbios da linguagem e orientação aos pais. Autora da escala de Avaliação do Desenvolvimento da Linguagem, idealizado, padronizado e validado no Brasil para avaliar o desenvolvimento da linguagem da criança brasileira.
Fonte: R7

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