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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Agenesia de corpo caloso

O que é?

Agenesia de corpo caloso (ACC) é uma má formação congênita que se caracteriza pela ausência (agenesia) do corpo caloso, com o aumento significativo dos cornos occipitais. Algumas vezes nomeada de Disgenesia de corpo caloso, sendo esse termo aplicado desde a agenesia total do corpo caloso ( total ausência) à sua perda parcial, encurtamento ou ao desenvolvimento incompleto. O corpo caloso normalmente desenvolve-se entre a décima segunda e a vigésima semana de gestação. Ele faz a ligação e a comunicação entre os dois hemisférios cerebrais, e sua ausência pode ser assintomática ao longo da vida de um ser humano ou apresentar sintomas como a epilepsia e atraso no desenvolvimento psicomotor (DNPM). Acomete de uma a três crianças a cada mil nascimentos.

Sintomas

A ACC apresenta-se assintomática na maioria dos casos, mas pode também apresentar vários sintomas, como a síndrome de desconexão cerebral, onde o aprendizado e a memória não são compartilhados entre os dois hemisférios do cérebro, quadros de cefaléia, hemiparesia e hipotonia podem estar presentes em um número pequeno dos casos, também pode haver eventos de convulsões e retardo no desenvolvimento psicomotor, podendo existir um déficit mental variável, dependendo da extensão da agenesia e da associação com outras lesões. É comum que a agenesia de corpo caloso esteja associada a síndromes e outras malformações.
Pessoas com agenesia de corpo caloso podem apresentar dificuldades que evidenciam a falta de coordenação entre as atividades dos dois hemisférios cerebrais pela inexistência das fibras que os ligam, é como se as atividades visuais do hemisfério direito, não se integrassem com as atividades verbais do hemisfério esquerdo. Algumas vezes o corpo caloso é seccionado como medida terapêutica. Quando isso ocorre, os pacientes podem recuperar muito da coordenação hemisférica, embora essa recuperação seja muito demorada. Existem relatos mostrando uma melhora do quadro de deficiências dos pacientes agênicos a partir do final da segunda década de vida, levando a crer que essa descoordenação entre os hemisférios cerebrais vai sendo amenizada com o passar dos anos.

 Diagnóstico

Pode ser detectada ainda durante a gestação, pelo exame de ultrassonografia. Após o nascimento os exames de ressonância magnética e tomografia computadorizada são os mais comumente utilizados para detectar a ausência do corpo caloso. Esses procedimentos permitem a verificação do funcionamento do cérebro através de imagens sucessivas ou em cortes, dando uma noção bastante aproximada da anatomia cerebral. Pode ser feita à partir do nascimento do indivíduo até a fase adulta, podendo em qualquer época apresentar o diagnóstico preciso. Não existe uma idade ideal para que se faça a investigação ou se realize o diagnóstico, pois a ACC pode ser completamente assintomática, e em muitos casos pode ser descoberta casualmente em um exame em que o paciente investigasse outras doenças. Quando a ACC apresenta sinais claros, como convulsões e espasmos é comum que se investigue as causas e então chegue-se ao diagnóstico.

 Ocorrência

Ocorre com igual frequência em pacientes do sexo masculino e feminino. Haverá diferença de síndromes com as quais a agenesia de corpo caloso é associada, pois algumas acometem mais a indivíduos do sexo feminino e outras a indivíduos do sexo masculino.

 Causas

Dentre as possíveis causas para essa má-formação encontram-se a associação com cerca de vinte e cinco síndromes genéticas, erros inatos do metabolismo, exposição fetal a fatores tóxicos, isquemias e há estudos que apontam para o uso abusivo de álcool e cocaína pela mãe durante a gestação.

 Tipos de agenesia

  • Tipo I - Agenesia total de corpo caloso: Caracterizada pela total ausência do corpo caloso.
  • Tipo II - Agenesia parcial ou hipogenesia: O corpo caloso apresenta encurtamento em graus variados.
  • Tipo III- Hipoplasia: Embora nesse caso o corpo caloso esteja completamente formado, apresenta redução em seu tamanho, e em geral está associada a importantes alterações do córtex cerebral.
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Paralisia de Bell

Para entender a paralisia de Bell é importante entender a anatomia e as funções do nervo facial. Leia os próximos parágrafos com atenção; vou tentar explicar o nervo facial do modo mais simples possível.


Nervo facial

Nosso corpo possui 12 pares de nervos cranianos. São nervos que nascem no sistema nervoso central (cérebro) e seguem para regiões da cabeça e pescoço sem passar pela medula espinhal. Como exemplos de nervos cranianos, podemos citar o nervo óptico que transmite as imagens dos olhos para o cérebro e o nervo olfatório que faz o mesmo com os odores captados pelo nariz.


Nervo facial
Nervo facial
O nervo facial é um dos 12 pares de nervos cranianos. Dizemos pares, pois cada nervo craniano é composto por 2 nervos originados em um dos lados do cérebro, dirigindo-se cada um para um lado do crânio.

Repare na ilustração ao lado as regiões da face que o nervo facial, em amarelo, inerva (clique na imagem para ampliá-la).

De modo resumido podemos dizer que o nervo facial é responsável pelos movimentos da expressão facial, sensação de gosto nos 2/3 anteriores da língua, além de participar na secreção de saliva, lágrimas e inervação do tímpano.

Nervo facialComo já referido, cada um dos nervos faciais nasce em um lado do cérebro; antes de chegar ao rosto, uma parte de cada nervo cruza de lado, indo inervar a face contralateral. Este detalhe anatômico explica por que a lesão no nervo dentro do cérebro, chamada de lesão central do nervo periférico, causa um tipo de paralisia facial, enquanto que a lesão facial que ocorre depois que o nervo já ter deixado o cérebro, chamada de lesão periférica do nervo facial, causa outro tipo de paralisia facial (explicarei a diferença quando for falar do diagnóstico).

A ilustração ao lado (clique para ampliá-la) mostra com mais detalhes a anatomia do nervo facial.
Existem vários tipos de paralisia facial,hoje falaremos sobre a paralisia de bell.


Paralisia de Bell

A paralisia de Bell é uma anomalia do nervo facial caracterizada pela fraqueza súbita ou pela paralisia dos músculos de um lado da face. O nervo facial é o nervo craniano que estimula os músculos faciais. Embora a causa da paralisia de Bell não seja conhecida, ela pode incluir o edema do nervo facial como reação a uma infecção viral, a uma compressão ou a uma falta de fluxo sangüíneo.


Sintomas 

A paralisia de Bell aparece de forma repentina. O indivíduo pode apresentar dor atrás da orelha algumas horas antes de ocorrer a fraqueza muscular. O grau de fraqueza pode variar de modo imprevisível, de discreto a grave, mas sempre afeta apenas um lado da face. O lado paralisado torna- se sem rugas e inexpressivo, mas, freqüentemente, o indivíduo tem uma sensação de que sua face está torcida. A maioria dos indivíduos apresenta dormência ou uma sensação de peso no rosto, mas a sensibilidade na realidade permanece normal. Quando a parte afetada é a região superior da face, o indivíduo pode apresentar dificuldade para fechar o olho do lado afetado. Raramente, a paralisia de Bell interfere na produção de saliva, no paladar ou na produção de lágrimas.


Diagnóstico 

A paralisia de Bell sempre afeta apenas um lado da face. A fraqueza é repentina e pode envolver tanto a parte superior quanto a parte inferior do lado afetado. Embora um acidente vascular cerebral também possa causar uma fraqueza facial súbita, ele afeta somente a parte inferior do rosto. Além disso, um acidente vascular cerebral (derrame) acarreta fraqueza do membro superior e do membro inferior. Outras causas de paralisia do nervo facial são raras e, normalmente, manifestam-se lentamente. Elas incluem os tumores cerebrais ou outros tumores que comprimem o nervo; a destruição do nervo facial por uma infecção viral como o herpes (síndrome de Ramsay Hunt); as infecções do ouvido médio ou dos seios mastóides; a doença de Lyme; as fraturas da base do crânio; e diversos outros distúrbios ainda mais raros. Comumente, o médico descarta esses distúrbios através da história do paciente e da análise dos resultados de estudos radiográficos, de uma tomografia computadorizada (TC) ou de uma ressonância magnética (RM). Para a doença de Lyme, pode ser necessária a realização de um exame de sangue. Não existe um exame ou teste específico para a paralisia de Bell.
Tratamento 

Não existe um tratamento específico para a paralisia de Bell. Alguns médicos acreditam que corticosteróides (p.ex., prednisona) devem ser administrados antes do segundo dia após o surgimento dos sintomas e a sua administração deve ser continuada por uma a duas semanas. Não foi demonstrado que esse tratamento é eficaz no controle da dor ou que ele melhora as possibilidades de recuperação. Se a paralisia dos músculos faciais impedir o fechamento completo do olho, deve-se evitar o seu ressecamento. É recomendada a utilização de colírios lubrificantes, utilizados em intervalos de poucas horas e pode ser necessário o uso de um tampão ocular. Nos indivíduos com paralisia grave, a massagem dos músculos enfraquecidos e a estimulação dos nervos podem ajudar a evitar a contratura dos músculos faciais. Se a paralisia persistir por seis a doze meses ou mais, o cirurgião pode tentar o enxerto de um nervo são (habitualmente retirado da língua) no músculo facial paralisado.
Prognóstico 

No caso de uma paralisia parcial, a recuperação completa pode ocorrer em um a dois meses. Se a paralisia for total, o prognóstico é variável, apesar da maioria dos indivíduos recuperaremse completamente. Para determinar a probabilidade de recuperação completa, o médico pode examinar o nervo facial através da estimulação elétrica. Ocasionalmente, à medida que o nervo facial se recupera, ele forma conexões anormais, acarretando o surgimento de movimentos inesperados de alguns músculos faciais ou o lacrimejamento espontâneo dos olhos.

















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Wii na reabilitação

A realidade virtual hoje assume um papel decisivo quando o tema é a reabilitação de pessoas.
O vídeo-game Nintendo Wi® tem sido apontado por seu diferencial em funções terapêuticas. De olho nesta nova tecnologia à serviço da saúde, diversos hospitais e centros de reabilitação em todo o mundo estão utilizando o Nintendo Wii® como ferramenta da Fisioterapia, para ajudar os pacientes a se recuperarem das sequelas de lesões como o AVC, o trauma raquimedular e outros tipos de lesões neurológicas. O Wii exige que o paciente execute movimentos semelhantes aos praticados nas sessões de fisioterapia. Os pacientes jogam neste sistema durante a sua sessão de reabilitação, sob supervisão de um profissional fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional.
A tecnologia do Nintendo Wii Fit é tão precisa que pode ser comparada a aparelhos projetados especialmente para a fisioterapia. A tábua do Wii é composta por sensores que movimentam o avatar, bonequinho do video game, a qualquer leve pressão.


Pacientes da clínica de fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo usam a plataforma do Nintendo Wii como auxílio no tratamento de problemas ortopédicos e neurológicos. 

A chamada Wii Reabilitação é também utilizada por profissionais de Saúde nos EUA, Europa e Chile, como no Hospital Herrin, St. Mary's Medical Center em S. Francisco, Hospital Herrin, de Illinois, Hines Veterans Affairs, de Chicago, Centro Médico Walter Reed Army, em Washington, Hospital Del Trabajador Santiago entre outros. No Reino Unido, a Nintendo Wii Fit Plus® tornou-se o primeiro jogo eletrônico a ganhar apoio oficial do Sistema Nacional de Saúde e nos EUA ganhou apoio em 2010 da associação Americana de Cardiologia. No Brasil, um dos precursores deste sistema, Fernando Vanderlinde - é pesquisador e atua na criação de jogos para a saúde, tem lecionado cursos e implantado este sistema em clínicas de fisioterapia, com respostas
eficientes em diversos tratamentos, que envolvem necessidades de reabilitação.


Os terapeutas que trabalham com essa nova ferramenta afirmam que a utilização do Nintendo Wii® no processo de reabilitação ajuda os pacientes a recuperarem o equilíbrio, a coordenação motora, a resistência cardiorrespiratória e a força muscular de braços e pernas.


Nós acadêmicos sabemos que os movimentos repetitivos costumam desanimar, mas quando o vídeogame é usado como ferramenta para reabilitação, os pacientes recuperam força, equilíbrio se divertindo. É uma forma lúdica de terapia que não deve substituir inteiramente a terapia convencional, mas serve como mais uma ferramenta da reabilitação, facilitando a adaptação e recuperação do paciente.


 Meu noivo tem o Wii e realmente é um ótimo exercício, mas cuidado, pois como todo video game, vicia, é uma ótima maneira de se erxercitar e de se divertir ao mesmo tempo, recomendo!

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