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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Síndrome de Guillain-Barré

A Síndrome de Guillain-Barré era até há pouco tempo considerada uma doença única. Hoje sabe-se que se trata de uma doença heterogênea com algumas variantes.
Trata-se de uma síndrome auto-imune onde ocorre uma lesão da bainha de mielina que recobre os nervos periféricos. É uma polirradiculopatia desmielinizante inflamatória.

Vamos traduzir então:

Todas os nossos estímulos sensoriais como dor, temperatura, tato e pressão são transportados pelos nervos periféricos até a medula espinhal, e de lá, para o cérebro onde serão processados. O mesmo acontece com os estímulos motores, só que no sentido contrário. Quando mexemos a mão, isso só ocorre porque o cérebro executa uma ordem que vai até a medula espinhal e desta para o nervo periférico que inerva os grupos musculares que comandam a mão.

Guillain-BarréA medula espinhal está conectada ao cérebro, possui mais ou menos 45 cm de comprimento e fica dentro da coluna vertebral. Vai da primeira vértebra cervical, lá em cima do pescoço, até a segunda vértebra lombar. Ao longo da medula saem vários plexos de nervos periféricos para todo o corpo.
Reparem na divisão da inervação. A parte inferior do corpo é inervada pelos nervos que saem da região da coluna lombar, enquanto que os braços e o tronco pelos nervos da região torácica e cervical. Já dá para saber porque lesões altas na coluna causam tetraplegia com paralisação de todo o corpo e lesões baixas apenas paralisam as pernas.
Os nervos levam e trazem as informações ao cérebro através de impulsos elétricos. Assim como fios encapados, os nervos também são revestidos por uma substância isolante chamada de bainha de mielina. A síndrome de Guillain-Barré ocorre pela produção de auto-anticorpos que atacam e destroem essa bainha de mielina protetora.
Guillain-BarréO processo inflamatório e a destruição da bainha bloqueiam a passagem do estímulo nervoso. O cérebro dá a ordem, mas ela não chega ao músculos.
Os nervos acometidos são basicamente os motores, com pouco ou nenhum acometimento dos nervos sensitivos. Logo, há incapacidade muscular com pouca ou nenhuma diminuição da sensibilidade.

Sintomas do Guillain-Barré

O quadro clínico é de fraqueza muscular, geralmente iniciada nas pernas e com evolução ascendente. Pode haver desde apenas fraqueza leve até paralisia total dos membros. Em questão de horas/dias a doença começa a subir e acometer outros grupos musculares. Em alguns pacientes o Guillain-Barré progride lentamente e não chega a acometer a parte superior do corpo de modo importante.
A gravidade da doença está nos casos em que ocorre acometimento dos músculos respiratórios e da face, com dificuldade para respirar, engolir e manter as vias aéreas abertas. Até 30% dos pacientes precisam de ventilação mecânica.


Guillain-Barré

70% dos casos apresentam também sintomas de taquicardia (coração acelerado), hipertensão/hipotensão, perda da capacidade de suar, arritmias, retenção urinária e constipação intestinal. São chamados sintomas de disautonomia e também ocorrem por alteração dos nervos periféricos.
Em geral, o Guillain-Barré progride por 2 semanas, mantém-se estável por mais 2 e, então, começa a regredir, um processo que pode durar várias semanas.
Os 2 exames complementares que ajudam no diagnóstico são a punção lombar e a eletroneuromiografia.

Por que ocorre a síndrome de Guillain-Barré ?

A produção de auto-anticorpos parece ocorrer por uma reação cruzada entre anticorpos produzidos contra um agente infeccioso e a bainha de mielina. Explicando, alguns micróbios podem ter proteínas semelhantes as presentes na bainha, se o anticorpo for desenvolvido para atacar essa proteína, ele se confunde e acha que a bainha de mielina também é um agente invasor.
Até 2/3 dos doentes com Guillain-Barré referem um quadro de infecção respiratória ou gastrointestinal antes do aparecimento da síndrome. A infecção mais associada é pelo Campylobacter jejuni, uma bactéria que causa gastroenterite.

Outros eventos além de infecções bacterianas associados ao Guillain-Barré são:

- Infecção pelo HIV
- Vacinação
- Traumas
- Cirurgias
- Linfomas
- Lúpus

Em muitos casos, o fator desencadeante não é identificado.

Tratamento do Guillain-Barré

Os pacientes devem ser internados para observação, mesmo os com doença leve, uma vez que o acometimento respiratório pode ocorrer rapidamente.

O tratamento se baseia em 2 terapêuticas:

- Plasmaferese - Uma espécie de hemodiálise onde se filtra os auto-anticorpos
- Imunoglobulinas - Anticorpos contra os auto-anticorpos

Os 2 tratamentos são igualmente efetivos.

Antigamente usava-se corticóides, mas estes foram abandonados por ausência de benefícios nos trabalhos científicos realizados. Hoje não estão mais indicados.

Em 80% dos casos o paciente se recupera totalmente, ou as sequelas são mínimas e não interferem na qualidade de vida. A mortalidade é de 5% e aproximadamente o mesmo percentual não consegue voltar a andar.

Tratamento Fisioterapêutico

* Os aspectos importantes da conduta fisioterapêutica são: prevenção de contraturas, controle da dor e cuidados respiratórios.

* A fisioterapia é, em geral, direcionada para o alongamento e para o alcance dos movimentos durante a fase aguda da doença.

* Na fase de reabilitação, a fisioterapia é direcionada para o fortalecimento e funcionalidade dos movimentos.

* Quando recomeçam a aparecer os movimentos voluntários, os exercícios devem ser leves, para prevenir as lesões por sobrecarga dos músculos parcialmente desnervados.

* Em alguns casos, o paciente pode ser ventilado e o papel do fisioterapeuta é ajudar a prevenir a atelectasia quando a respiração está comprometida. É essencial monitorar os pacientes vulneráveis.

* Facilitação neuromuscular propioceptiva.

* Movimentos grandes, na média da amplitude têm propriedades de mitigação da dor.




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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Doença de Parkinson

 O QUE È ?

A doença de Parkinson é caracterizada por uma desordem progressiva do movimento devido à disfunção dos neurônios secretores de dopamina nos núcleos da base, que controlam e ajustam a transmissão dos comandos conscientes vindos do córtex cerebral para os músculos do corpo humano. Não somente os neurônios dopaminérgicos estão envolvidos, mas outras estruturas produtoras de serotonina, noradrenalina e acetilcolina estão envolvidos na gênese da doença.
A doença de Parkinson é idiopática, ou seja é uma doença primária de causa obscura. Há degeneração e morte celular dos neurônios produtores de dopamina. É uma doença crônica, persiste ao longo do tempo, e progressiva ou seja, os sintomas vão piorando ao longo do tempo. 

CAUSAS

A doença de Parkinson ocorre quando certas células nervosas ou neurônios numa área do cérebro designada de substância negra morrem ou deixam de funcionar. Normalmente estes neurônios produzem uma substância muito importante designada de dopamina. Dopamina é um mensageiro químico responsável pela transmissão de sinais que garantem a atividade dos músculos. A perda de dopamina faz com que os indivíduos sejam incapazes de controlar os seus próprios movimentos de forma normal.
A causa da doença de Parkinson continua desconhecida, no entanto algumas hipóteses têm sido apresentadas:

• Predisposição genética, 15-20% de indivíduos com a doença de Parkinson têm parentes com sintomas semelhantes. Recentemente foram encontradas algumas formas familiares atribuídas a diferentes mutações genéticas.
• Tóxicos ambientais, herbicidas, inseticidas, fungicidas podem destruir os neurônios dopaminérgicos. O MPTP (1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina) foi identificado como agente causador de doença de Parkinson e visto que esta molécula é bastante semelhante à molécula de paraquat que entra na composição de alguns herbicidas e pesticidas surge a hipótese tóxica ambiental.
• Lesão oxidativa que pode contribuir para a morte das células nervosas
• Por razões desconhecidas o processo normal de diminuição da produção de dopamina relacionado com a idade acelera em alguns indivíduos.
• Vários investigadores acreditam que a combinação destes quatro mecanismos: tóxicos ambientais, lesão oxidativa, predisposição genética e processo de aceleração da idade podem causar a doença. 

PRINCIPAIS SINTOMAS

Tremor  designa-se por tremor de repouso pois está presente quando o indivíduo não está a realizar qualquer movimento. O doente apresenta um tremor que geralmente começa nos membros superiores e mais raramente nos inferiores. No início da doença o tremor é inconstante e torna-se mais evidente nas situações de stress físico e emocional.
Bradicinésia – diminuição da velocidade e da amplitude do movimento. Atividades que normalmente se fazem rapidamente e facilmente como tomar banho ou pentear o cabelo demoram muitas horas a serem realizadas por estes indivíduos.
Rigidez - é o aumento do tono muscular que é sentido pelo observador como uma resistência aumentada durante os movimentos passivos. O grande princípio do movimento do corpo é a complementaridade entre um músculo que contrai enquanto o músculo oposto relaxa. Na doença de Parkinson ocorre rigidez quando em resposta aos sinais do cérebro ocorre um distúrbio que impede que esta relação de complementaridade ocorra. Nesta doença os músculos encontram-se sempre tensos e contraídos fazendo a pessoa sentir-se fraca.
Instabilidade postural – Revela-se pela dificuldade de equilíbrio e pela ocorrência de quedas frequentes. É um sinal de agravamento na evolução da doença. Pode surgir:
- Amimia (falta de expressão facial)
- Sudorese (muitos suores) e sialorréia ( muita saliva) e obstipação ( intestino preso) e disfunção do foro urinário, estes sintomas acompanham a doença geralmente numa fase muita avançada da sua evolução
- Depressão
- Defeito cognitivo
- Alteração do sono (70 a 98% dos doentes) como dificuldade em adormecer, acordar com frequência, sonolência diurna, alucinações, confusão mental durante a noite, desconforto e dor nos membros inferiores. 

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico na fase inicial, muitas vezes não é fácil, sendo que, como de costume, o mesmo deverá ser realizado por um médico, preferencialmente neurologista, que dirá se a causa é idiopática (causa desconhecida), ou se é devido a outras causas. Os sintomas acima referidos podem ser devidos a medicamentos variados (fenotiazinas, haloperidol, reserpina, lítio, cinarizinas, flunarizina), porém, nesse caso, não costumam ser tão intensos.
Intoxicação por monóxido de carbono ou manganês, infartos cerebrais dos núcleos da base, hidrocefalia, traumatismos cranioencefálicos, encefalites, podem ser a causa desta doença, que tem tratamento e controle, porém não cura. 

TRATAMENTO

O diagnóstico à medida que o tempo passa se torna mais nítido, evidente e fácil. Assim não é o tratamento, que costuma inicialmente dar resultados excelentes se os enfoques e cuidados terapêuticos necessários forem tomados.
Cada indivíduo responde diferentemente ao tratamento e o que favorece um paciente pode desfavorecer outro. É necessário corrigir a diminuição progressiva da dopamina com calma.
O tratamento consiste no uso de medicamentos, fisioterapia, psicoterapia e, em alguns casos selecionados, cirurgia. É importante tomar cuidado com certos tipos de medicamentos que desencadeiam ou pioram a síndrome Parkinsoniana.


Tratamento Medicamentoso 

Geralmente são usados medicamentos da classe dos anticolinérgicos, como o triexifenedil e biperideno, que são eficientes e bem tolerados. A selegilina tem sido considerada uma das principais drogas do cérebro desde 1990. Também são utilizadas a levodopa, a carbidopa e a benzerazida.
Bromocriptina, lissurida e pergolida são novos medicamentos que quando indicados devem ser dados progressiva e lentamente, até atingir as doses suficientes.
Como a doença é progressiva, novas manifestações de difícil controle aparecerão, como o "liga - desliga" nas atividades do paciente ("on e off") as quais estão atualmente sendo controladas acrescentando-se ao tratamento tolcapom e pramipexole.
Tratamento Psicoterápico 

Pacientes com Parkinson podem ter problemas mentais, como depressão, graus diversos de demência, próprios da doença e piorando pelos medicamentos anteriormente indicados (levodopa, anticolinérgicos, selegilina, amantadina). Consegue-se controlar este sério problema principalmente com a Clozapina, que trata os quadros psicóticos, não piorando a sintomatologia parkinsoniana, pelo contrário, podendo melhorar também o tremor. Essa droga precisa de uma supervisão médica severa.
Os antidepressivos fazem parte do arsenal terapêutico com os seus devidos controles.
O psicoterapeuta e a família dando ocupações, carinho e estímulos são elementos importantíssimos na boa evolução do paciente.
Tratamento Cirúrgico 

Há décadas vem sendo utilizado o tratamento cirúrgico para o controle da sintomatologia parkinsoniana, ora atuando sobre os tremores, ora sobre a rigidez, com técnicas e resultados variáveis e discutíveis.
Com os novos aperfeiçoamentos tecnológicos, o tratamento cirúrgico em casos sumamente selecionados poderá ser indicado. 

EXISTE ALGUMA TIPO DIETA OU EXERCÍCIO QUE PODE ALIVIAR OS SINTOMAS DA DOENÇA DE PARKINSON?

Dieta:
Fazer uma alimentação equilibrada rica em frutas e vegetais é sempre benéfico, independentemente de se ter doença de Parkinson ou não. Não há nenhum alimento que possa curar ou prevenir a doença de Parkinson. Porém, é importante ter em conta que uma alimentação rica em proteínas pode diminuir a eficácia da levodopa.
Exercício:
Visto que a doença de Parkinson é uma doença que afeta o movimento, o exercício pode ajudar os doentes a melhorarem a sua mobilidade. Alguns médicos prescrevem Fisioterapia. O exercício não para a progressão da doença mas pode aumentar a força do corpo, melhorar o equilíbrio, ajudar as pessoas a resolver alguns problemas que antes eram tão simples, fortalecer alguns músculos que permitam à pessoa falar e engolir melhor, bem como apoiar emocionalmente estes indivíduos pelos pequenos progressos que possam ser alcançados. Os exercícios mais benéficos são: andar, fazer jardinagem, nadar e praticar cardio-fitness.
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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Dicas de relacionamento com as pessoas com deficiência

Respeito à Diversidade

Devemos respeitar as pessoas exatamente como elas sao. O respeito a diversidade humana é o primeiro passo para construirmos uma sociedade inclusiva!
Informação é fundamental para vencer as barreiras do preconceito e da discriminação, promovendo o respeito à diversidade humana.
Muitas vezes, a principal barreira é a atitude em relação às pessoas com deficiência.
Uma pessoa com deficiência não é uma pessoa doente! A deficiência somente impõe, em casos específicos, a necessidade de adaptações.

Primeiras dicas

Sempre que quiser ajudar, pergunte qual é a melhor maneira de proceder.
Não se ofenda se a oferta for recusada, pois nem sempre ela é necessária.
Bom senso e naturalidade são essenciais no relacionamento com as pessoas com deficiência. Trate-as conforme a sua idade. Se for uma criança, trate-a como uma criança, se for um adulto, trate-a como um adulto.

Tipos de Deficiência

Deficiência Física
Engloba vários tipos dde limitações motoras, como paraplegia, tetraplegia, paralisia cerebral e amputação.

Deficiência Intelectual
Limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, que aparecem nas habilidades conceituais, sociais e práticas, antes dos 18 anos

Deficiência Auditiva
Redução ou ausência da capacidade de ouvir determinados sons em diferentes graus de intensidade.

Deficiência Visual
Redução ou ausência total da visão, podendo ser dividida em baixa visão ou cegueira.

Surdocegueira
Deficiência única, que apresenta a perda da visão e da audição concomitantemente em diferentes graus.

Deficiência Múltipla
Associação de duas ou mais deficiências. Exemplo:deficiência intelectual associada a deficiência física.

Deficiência Física
Não se apóie na cadeira de rodas. Isso pode causar incômodo à pessoa com deficiência.

Use palavras como "correr" e "andar" naturalmente. As pessoas com deficiência física também utilizam estes termos.

Nunca movimente a cadeira de rodas sem antes pedir permissão e perguntar como deve proceder.

Para conversar com uma pessoa em cadeira de rodas, caso a conversa seja  prolongada, sente-se para ficar no mesmo nível de seu olhar.

Se estiver acompanhando uma pessoa que anda devagar, procure acompanhar o seu ritmo.

A pessoa com paralisia cerebral pode apresentar alguma dificuldade na comunicação; no entanto, na maioria das vezes o seu raciocínio está intacto. Caso não compreenda o que diz, peça que repita ou escreva, respeitando o ritmo de sua fala.

Deficiência Visual
Utilize naturalmente termos como "cego", "ver" e "olhar". Os cegos também os utilizam.


Ao conversar com uma pessoa cega, não é necessário falar mais alto, a menos que ela o solicite.

Ao conduzir uma pessoa cega, ofereça seu braço (cotovelo) para que ela segure. Não agarre-a, nem puxe pelo braço ou pela bengala.

Ao explicar a direção para um cego, indique distância e pontos de referência com clareza: "tantos metros à direita, à esquerda". Evite termos como: "por aqui" e "por ali".

Informe sobre os obstáculos existentes, como degraus, desníveis e outros.

Quando houver necessidade de passar por lugares estreitos, como portas e corredores, posicione seu braço para trás, de modo que a pessoa cega possa segui-lo.

Sempre que se ausentar do local, informe a pessoa, caso contrário ela ficará falando sozinha.

O cão-guia nunca deve ser distraído de seu dever. Evite brincar com o cão, pois a segurança de uma pessoa pode depender do alerta e da concentração do cão. 

Deficiência Auditiva
Procure falar pausadamente, mantendo contato visual, pois se desviar o olhar, ele poderá entender que a conversa acabou.


Não grite, fale com tom de voz normal, a não ser que lhe peçam para falar mais alto.
Se tiver dificuldade para entendê-lo, não tenha receio de pedir que repita.

Pessoas surdas se comunicam de maneira essencialmente visual e pela Língua de Sinais. Para iniciar uma conversa com uma pessoa surda, acene ou toque levemente em seu ombro ou braço.

Quando o surdo estiver acompanhado de intérprete, fale diretamente com a pessoa surda, não com o intérprete.

Se necessário, comunique-se por meio da escreita. Ou faça mímicas e gestos que possam identificar o que você quer dizer.

Fale articuladamente, movimentando bem os lábios, evitando colocar objetos ou a própria mão na boca, para não atrapalhar a leitura labial.

Não é correto utilizar o termo surdomudo. A pessoa surda "fala" em sua língua própria, a língua de sinais. Entretanto, a terapia fonoaudiológica pode colaborar para o desenvolvimento de fala oral.

Deficiência Intelectual
A pessoa com deficiência (deficit) intelectual deve ser tratada com respeito e dignidade, assim como qualquer cidadão gostaria de ser tratado.
Não tenha receio de orientá-los, quando perceber situação duvidosa ou inadequada. A pessoa com deficiência intelectual necessita de uma orientação clara.

Não reforce ou incentive atitudes e falas infantis, elogios desnecessários no diminutivo, como se conversasse com uma criança (lindinho, fofinho etc). Se for criança, trate-a como criança. Se for adolescente e, se adulto, trate-o como tal.

Não subestime sua inteligência. Elas têm um tempo diferenciado de aprendizado e podem adquirir muitas habilidades e conhecimentos. Ofereça informações em linguagem objetiva, com sentenças curtas e simples.

A pessoa com deficiência intelectual compreende normalmente a sua realidade. Valorize suas potencialidades e não supervalorize suas dificuldades.

 Deficiência Múltipla e Surdocegueira

Deficiência Múltipla
Para lidar com uma pessoa que tenha deficiência múltipla, observe-a ou pergunte a quem a acompanha.

O relacionamento se estabelece de acordo com a orientações já elencadas nos itens anteriores.

Surdocegueira
Pergunte como deve se comunicar com o surdocego ao seu guia-intérprete ou acompanhante.
Ao chegar perto de uma pessoa surdocega, toque-o levemente nas mãos, para sinalizar que está a seu lado.

Alguns surdocegos comunicam-se colocando a mão em seu maxilar, para sentir a vibração do som que você está emitindo.



 


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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Equoterapia

De todos os animais, o cavalo é quem tem o número e distância do passo e deslocamento de anca mais parecido ao do homem. Este passo provoca dissociações dos quadris e ombros, rotação e movimentos em quem está montado.
A equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo na reabilitação de pacientes com necessidades especiais. O método se baseia na movimentação rítmica e precisa do animal, permitindo o deslocamento tridimensional.
A prática sobre o cavalo oferece benefícios diretos,como melhora na coordenação motora, melhora na consciência corporal, estruturação espacial e orientação temporal, equilíbrio, flexibilidade muscular, respiração e circulação, melhora a comunicação, memória, atenção, concentração, criatividade e improvisação.
As sessões devem ter cerca de 30 minutos, nelas o paciente montado recebe de 1.800 a 2.200 ajustes tônicos.





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Exercícios Fisioterapêuticos Para Portadores De Esclerose Múltipla

EQUILIBRIO

  • Os exercícios de equilíbrio são realizados para melhorar a funcionalidade.
  • Realizar de 8 a 10 repetições cada exercício,mantendo sempre o abdômen contraído.
  • Manter sempre a cabeça alinhada ao tronco, as pernas na largura do quadril e os braços na largura dos ombros quando apoiados no chão.
  • Durante a realização dos exercícios não prender a respiração ("parar de respirar")

          1. Deitado de barriga para cima,com os joelhos dobrados,apoie os pés no chão mantendo-os na largura dos quadris. Levante o quadril e em seguida levante uma das pernas, mantenha por 10 segundos. Em seguida faça com a outra perna. 
  
           2. Na posição de gatinho, eleve um dos braços e mantenha por 10 segundos. Em seguida faça com o outro braço.


           3.  Na posição de gatinho, eleve uma das pernas e mantenha por 10 segundos. Em seguida faça com a outra perna.


       4. Na posição de gatinho, eleve um dos braços e a perna oposta, mantenha por 10 segundos. Em seguida faça com o outro braço e com a outra perna.

5. Ajoelhado, desloque-se para a direita, para a esquerda, para frente e para trás.

6. Ajoelhado com os braços abertos, tire o apoio de um joelho e depois do outro.


     7. Semi-ajoelhado com os braços abertos , coloque uma das pernas á frente e mantenha por 10 segundos. Em seguida faça o mesmo com a outra perna.



     8. Ajoelhado, segure um bastão com as duas mãos e com os braços a 90°, leve o bastão à direita e depois à esquerda.

        9. Semi-ajoelhado, segure um bastão com as duas mãos e com os braços a 90°, leve o bastão à direita e à esquerda.


        10. Semi-ajoelhado, segure um bastão com as duas mãos próximas. Leve o tronco em direção ao bastão permanecendo nesta posição por 5 segundos.


       11. Aprenda a levantar-se e sentar-se com certo ritmo. Primeiro, dobre os joelhos e puxe os pés para baixo da cadeira; segundo, dobre o tronco adiante; terceiro, levante-se endireitando os quadris e joelhos e então o tronco. Inverta o processo para sentar-se.








 

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