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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Treinamento de Marcha Após Lesão Medular

As lesões medulares (LM) são cada vez mais frequentes devido principalmente ao aumento da violência urbana. Dentre as principais causas, encontramos o acidente de trânsito e a agressão por arma de fogo. Os pacientes acometidos, em sua maioria, são jovens, do sexo masculino, solteiros e residentes em áreas urbanas

A recuperação da marcha é uma tarefa difícil e dispendiosa, os pacientes muitas vezes são incapazes de produzir a força muscular necessária para manter a postura e caminhar. Para estes casos, é necessário prover um suporte para proteger estes sujeitos de quedas por meio dos sistemas convencionais de ajuda para auxílio na marcha como barras paralelas, muletas e bengalas, a quantidade de peso aliviada não é constante e nem facilmente quantificável. Outro fato é que estes dispositivos dependem da força, controle de tronco e coordenação dos pacientes.

Veja um exemplo de tratamento, com treinamento de marcha:


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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Hepatite C

Hoje vim fazer um alerta sobre a Hepatite C, uma doença muito perigosa e que não tem cura!

Hepatite C é a inflamação do fígado causada pela infecção pelo vírus da hepatite C (VHC ou HCV), transmitido através do contato com sangue contaminado. Essa inflamação ocorre na maioria das pessoas que adquire o vírus e, dependendo da intensidade e tempo de duração, pode levar a cirrose e câncer do fígado. Ao contrário dos demais vírus que causam hepatite, o vírus da hepatite C não gera uma resposta imunológica adequada no organismo, o que faz com que a infecção aguda seja menos sintomática, mas também com que a maioria das pessoas que se infectam se tornem portadores de hepatite crônica, com suas conseqüências a longo prazo.





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A história de Steve Wampler

Steve Wampler com sua família
 
Perante todas as dificuldades motoras e sociais encontradas por indivíduos portadores de Paralisia Cerebral podemos conhecer a história o Sr. Steve Wampler apresentada pelo programa Fantástico da Rede Globo, onde são apresentados os desafios encontrados por Steve Wampler.
Através da história de vida de Wampler, um indivíduo portador de Paralisia Cerebral, podemos ter a certeza que sonhos podem ser realizados, basta ter força de vontade, esperança, acreditar sempre em nós mesmos e jamais desistir perante os obstáculos encontrados na vida.
 

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domingo, 24 de julho de 2011

Dica de filme

O escafandro e a borboleta
Título original: (Le Scaphandre et le Papillon)
 
 
Sinopse

Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric) tem 43 anos, é editor da revista Elle e um apaixonado pela vida. Mas, subitamente, tem um derrame cerebral. Vinte dias depois, ele acorda. Ainda está lúcido, mas sofre de uma rara paralisia: o único movimento que lhe resta no corpo é o do olho esquerdo. Bauby se recusa a aceitar seu destino. Aprende a se comunicar piscando letras do alfabeto, e forma palavras, frases e até parágrafos. Cria um mundo próprio, contando com aquilo que não se paralisou: sua imaginação e sua memória.
Link para download: http://www.megaupload.com/?d=47O12PY3
Idioma: Francês
Legenda: Português
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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Esclerose Múltipla

Hoje é dia de video!!
Vamos entender melhor o que é a Esclerose Múltipla, neste post aqui expliquei o que é a doença, mas hoje vocês vão ver um video caso tenham alguma dúvida!





Espero que gostem, e aqui vai um video de treino de marcha com suspensão!

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terça-feira, 19 de julho de 2011

Mergulho pode ajudar paralíticos a recuperar sensações perdidas


Durante uma aula de educação física na sexta série, em 1999, Cody Unser foi admitida no hospital  e diagnosticada com uma doença da coluna vertebral chamada mielite transversa (MT).
No dia seguinte, ela não conseguia mais andar. Paralisada e numa cadeira de rodas, mas energizada na sua missão de entender a MT e encontrar uma cura para a paralisia, Cody fundou a "Cody Unser First Step Foundation", uma organização que ajuda pessoas com a mesma condição.
Dois anos mais tarde, por insistência de sua família, ela viajou para Cozumel, no México, para se tornar certificada em PADI (Professional Association of Diving Instructors, associação de instrutores de mergulho reconhecida internacionalmente).
A sensação perdida de sua perna reapareceu; o esporte tomou seu espírito de uma forma que nada mais havia conseguido. Desde essa viagem, Cody se dedica a compartilhar os benefícios físicos e mentais da atividade de mergulho. Através de sua organização, ela é responsável por certificar mais de 100 veteranos de guerra.
E todos esses benefícios, tem algum fundo cientifico? Cody também está ajudando a patrocinar uma pesquisa sobre os efeitos curativos do mergulho em pessoas paralisadas.
De 5 a 12 de maio de 2011, a Fundação de Cody, em parceria com pesquisadores da Universidade Johns Hopkins e o Centro Internacional de Lesão Medular (ICSCI) do Instituto Kennedy Krieger ensinaram mergulho a veteranos paralisados usando instrutores de mergulho do PADI.
Um grupo de 30 pessoas – nove veteranos paralisados, instrutores de mergulho adaptativo, voluntários e funcionários da Fundação reuniram-se nas águas belas das ilhas Caiman. A ideia era não só certificar os veteranos, mas também estudar os efeitos do mergulho no corpo paralisado.
Cody já adianta que a sensação de mergulhar é maravilhosa para um paralítico. Ela repete uma citação de Jacques Cousteau: "Do nascimento, o homem carrega o peso da gravidade em seus ombros. É aparafusado a terra. Mas homem só tem que afundar embaixo da superfície e estará livre".
Segundo ela, para o corpo paralisado, a sensação de liberdade é multiplicada por um milhão, já que não só desbloqueia os parafusos com a terra, mas também os parafusos que travam o corpo à cadeira de rodas.
A equipe de pesquisa quer explorar a ciência e a teoria técnica de mergulho para entender as redes psicológicas e neurológicas nos órgãos que estão paralisados quando as pessoas mergulham.
Cody fica muito feliz em poder colocar o mergulho como uma opção terapêutica para pessoas com deficiência. Ela acha que a atividade pode mudar a vida de muitos; só resta esperar para ver que tipo de resultado o estudo vai trazer.
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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Cientistas usam células-tronco para tratar paciente após derrame

 
 
Resultados clínicos ainda não saíram, mas pesquisadores estão animados

Pesquisadores da Universidade de Saúde do Texas, em Houston (EUA), estão testando uma terapia com células-tronco em uma paciente que sofreu um AVC (acidente vascular cerebral, também conhecido como derrame).
Na fase 2 dos testes, que foi aprovada pela FDA (agência do governo americano para fiscalizar alimentos e medicamentos), eles estão testando a segurança e eficácia da terapia, que começou 19 dias após a ocorrência do derrame.
A terapia regenerativa, chamada ALD-401, funciona da seguinte maneira: foram coletadas células-tronco da medula óssea da paciente e identificadas aquelas que possuem alto nível de uma enzima que serve como marcador de células-tronco. Essas células, então, foram colocadas no organismo pela artéria carótida da paciente.
Estudos anteriores da mesma pesquisa demonstraram, em ratos, que essas células aceleram a recuperação do paciente após o derrame. De acordo com Sean Savitz, professor de neurologia da universidade e um dos autores do estudo, outros estudos clínicos anteriores indicaram que as células-tronco podem “consertar” o cérebro após um derrame. O AVC é causado por um coágulo sanguíneo no cérebro.
Após sofrer o derrame, a paciente, uma revendedora de cosméticos de 67 anos, foi enviada para a pesquisa de Savitz. Ela só decidiu participar do estudo após pesquisar na internet reportagens sobre testes com células-tronco.
- Fiquei muito animada com o que eu vi sobre as pesquisas com células-tronco. Eu decidi participar por minha causa e, também, pelas outras pessoas.
Savitz aguarda os primeiros resultados do teste, mas já demonstra animação.
- Essa é uma nova abordagem do uso de células-tronco para tratar derrame. Uma dúvida que ainda temos é se podemos estender a janela de administração das células-tronco (iniciar o tratamento em um tempo maior que 19 dias). Com uma janela maior, mais pessoas poderão ser ajudadas com essa terapia.
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Células-tronco cerebrais se auto-substituem e originam vários tipos de células

                       Hongjun Song, professor de neurologia e neurociência e diretor do Stem Cell Program in the Institute for                                                                            Cell   Engineering, da Johns Hopkins University School of Medicine
 
 
Descoberta pode levar a maneiras de intervir para que células se dividam mais e aumentem em número ao invés de se reduzirem

Pesquisadores da Johns Hopkins University, nos Estados Unidos, descobriram que uma célula-tronco do cérebro é capaz não só de se substituir, dando origem a neurônios especializados e a tipos importantes de células do cérebro, mas também é capaz de gerar duas novas células-tronco cerebrais. A descoberta pode levar a maneiras de intervir para que essas células se dividam mais e aumentem em número ao invés de se reduzirem ao longo do tempo, o que normalmente acontece, talvez devido ao envelhecimento ou doenças.

Os pesquisadores, liderados por Hongjun Song, seguiram células-tronco do cérebro solitárias ao invés de rotular e monitorar toda a população de uma só vez no cérebro de camundongos. A equipe injetou uma pequena quantidade de um produto químico no cérebro de aproximadamente 50 animais para induzir a rotulagem extremamente limitada.

Os cientistas desenvolveram programas de computador e elaboraram uma nova técnica de imagem que permite analisar fatias manchadas do cérebro dos ratos e, em última instância, seguir células-tronco como glia radial escolhidas aleatoriamente. O método permitiu a eles rastrearem todas as novas células derivadas de uma única célula-tronco original.

"Nós reconstituímos a árvore genealógica de uma única célula-tronco. Descobrimos que as células individuais em um sistema nervoso intacto de animais exibem propriedades de células-tronco, são capazes tanto de se replicar quanto de produzir diferentes tipos de células neurais diferenciadas", disse o pesquisador Guo-Li Ming.

A equipe acompanhou as células rotuladas por um período de um a dois meses e analisou algumas um ano mais tarde para descobrir que, mesmo a longo prazo, a célula "mãe" ainda estava se dividindo.

Além disso, os pesquisadores investigaram como essas RGLs (células-tronco como células radiais da glia) foram ativadas em um nível molecular, focando em particular no papel regulador de um gene associado ao autismo chamado PTEN. A sabedoria convencional é que a supressão deste gene leva a um aumento na ativação de células-tronco. No entanto, os cientistas demonstraram que foi um efeito transitório no cérebro do rato, e que, em última instância, a exclusão de PTEN leva à depleção de células-tronco.
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domingo, 17 de julho de 2011

Exercicios para pacientes com histórico de Acidente Vascular Encefalico

Boa tarde! A partir de hoje colocarei videos para vocês sobre exercicios para pacientes neurológicos.
E para começar postei um vídeo de proposta de exercicios ajoelhado e semi-ajoelhado para paciente com histórico de AVE.
Espero que gostem, e fiquem a vontade para pedir um video que vocês queiram ver!



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sábado, 16 de julho de 2011

Torcicolo Muscular Congênito

INTRODUÇÃO
 O torcicolo muscular congênito é definido como uma fibrose no interior do músculo esternocleidomastóideo que posteriormente acarreta encurtamento e contratura muscular.

 CONCEITO
 O termo torcicolo deriva das palavras latinas tortus (torto) e collum (pescoço), e é uma deformidade no nível do pescoço ocasionada por um encurtamento do músculo esternocleidomastóideo, que na maioria dos casos provoca uma inclinação da cabeça na direção do lado afetado e rotação da mandíbula em direção ao lado oposto.

 ETIOLOGIA
 A causa da deformidade é uma fibrose no interior do músculo esternocleidomastóideo que posteriormente acarreta encurtamento e contratura muscular.

Várias etiologias foram sugeridas, e dentre elas destacam-se a pré-natal, a traumática, a infecciosa, a neurogênica, a isquêmica, a hereditária e, mais recentemente, a de uma distrofia muscular congênita com manifestações pré ou pós-natal. A maioria da teorias foi formulada antes de 1896, com exceção da hereditária (Joachmisthal, 1905), da isquêmia secundária à obstrução venosa (Middleton, 1930) da forma localizada de distrofia muscular congênita (Braga Jr. at all, 1988). Ressalta-se, entretanto, o pequeno número de trabalhos experimentais realizados em busca de melhor compreensão da patogenia do torcicolo.

 PATOGENIA
 Ao exame macroscópico, o "tumor" esternocleidomastóideo é branco e brilhoso, dando a aparência de um fibroma de partes moles. Os estudos microscópicos mostram que ele consiste de tecido fibroso denso, sem evidências de hemorragias ou hemossiderina. Em crianças mais velhas, após o desaparecimento "tumor", tecido excisado do músculo esternocleidomastóideo mostra que ele foi substituído por tecido fibroso, com perda das estriações transversas, vacuolização e rotura da bainhas endomisiais.

Estudos de microscopia eletrônica realizados por Mickelson at all, (1975) mostraram alterações não-específicas sugestivas de degeneração por imobilização, provavelmente secundárias à extensa fibrose no interior do músculo. Nenhuma alteração vascular foi evidenciada.

Estudos mais recentes utilizando técnicas modernas de biópsia muscular com coloração histoquímicas (Sarnat e Morrisy, 1981; Braga Jr. at all, 1988) evidenciaram alterações do tipo miopático caracterizadas principalmente por presença de importante atrofia muscular, tendência a arredondamento das fibras musculares e importante proliferação conjuntiva do tipo endomisial. Na coloração com ATP observou-se, principalmente, uma predominância de fibras do tipo I.
  QUADRO CLÍNICO
 O quadro clínico do torcicolo é diferente de acordo com a idade do paciente e se o acometimento é unilateral ou bilateral. Por este motivo dividiremos o quadro clinico em recém-nascidos e crianças maiores de um ano de idade.

 Recém-Nascidos
 O torcicolo nem sempre esta presente, e o exame clinico evidencia apenas uma leve inclinação lateral da cabeça e, mais freqüentemente, rotação pura da cabeça e face na direção oposta ao músculo comprometido. Duas ou três semanas após o nascimento pode desenvolver-se uma massa fusiforme de consistência endurecida e indolor, localizada no interior do músculo esternocleidomastóideo, que na maioria dos casos regride espontaneamente, no espaço de dois a três meses.

Em alguns pacientes, o tumor pode persistir por mais de seis meses e produzir torcicolos até a idade de nove a quinze meses.

Em alguns casos, a deformidade pode ser leve e passar despercebida, até a criança ser capaz de sentar-se ou levantar-se. Porem, em outros pacientes, a deformidade pode ser intensa, com assimetria e achatamento da face no mesmo lado do músculo comprometido e evidente logo após o nascimento.

Em virtude da associação do torcicolo com displasia acetabular e luxação congênita do quadril, cuja a incidência na literatura tem oscilado entre 7% e 40%, torna-se imprescindível a realização de um exame minucioso dos quadris em todas as crianças portadoras de torcicolo muscular congênita. Uma outra associação relativamente freqüente do torcicolo é com o metatarso varo.
 Crianças Maiores de Um Ano
 Nestes pacientes, a cabeça encontra-se inclinada em direção ao lado comprometido, com a mandíbula e a face rodadas em direção contrárias. A persistência da deformidade provoca achatamento e assimetria da face, com desnivelamento dos olhos e orelhas, que situam-se em um nível inferior ao lado normal. O ombro do lado afetado torna-se elevado, e freqüentemente existe uma escoliose cervicodorsal. A rotação e a inclinação lateral do pescoço estão diminuídas, enquanto que a flexão e a extensão usualmente são normais. No caso raro de torcicolo bilateral o pescoço encontra-se em extensão com a mandíbula elevada na linha média .
Pode ocorrer desconforto ocular em virtude do desequilíbrio dos músculos extra-oculares, ocasionado pela permanente inclinação lateral do pescoço. Existem ainda casos de torcicolo ocular (McGinniti e Johnston, 1987 e Rubim e Wagner, 1986). Torna-se importante, portanto, a avaliação oftalmológica dos pacientes portadores de torcicolo.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Em qualquer recém-nascido com torcicolo, sobretudo se este se acompanhar de um nódulo do músculo esternocleidomastóideo, cabe ao fisioterapeuta ou o pediatra afastar as seguintes hipóteses diagnósticas:

- Linfadenite séptica profunda, dolorosa, fazendo com que o lactente desvie a cabeça para o lado;

- Anomalias de natureza ortopédica, tais como a subluxação da articulação atlantoaxial, a síndrome de Klippel-Feil e a hemivértebra congênita, manifestando-se por flexão da cabeça para o lado.

- Os defeitos da visão, como, por exemplo, a diplopia devido ao estrabismo, resultando em torcicolo de origem ocular.

- Na plagiocefalia, a configuração do crânio da lactente é responsável pela postura assimétrica, sem que exista contratura do músculo esternocleidomastóideo.

- Convém suspeitar de lesão cerebral ou de alguma anomalia do desenvolvimento no lactente jovem que apresenta rotação persistente de pescoço e cabeça para o lado, quer em conseqüência do reflexo tônico cervical assimétrico, quer em virtude da hipotonia ou distonia muscular.

ACHADOS DE IMAGEM

 Radiografias
 No verdadeiro torcicolo muscular congênito, a coluna cervical é normal, podendo acorrer casos de subluxação cervical C1 - C2 (Slate at all, 1993). Devem ser realizadas radiografias com objetivo de excluir defeitos estruturais da coluna cervical, que podem resultar em torcicolos na infância.

 Tomografia Computadorizada
 No torcicolo muscular congênito, a tomografia computadorizada demonstra um alargamento do músculo esternocleidomastóideo, situado usualmente em metade inferior, sem calcificação no interior do músculo ou da massa tumoral ( Sty at all, 1987). Outros achados são o achatamento craniofacial ipsilateral, o achatamento contralateral da porção posterior do crânio, além de uma subluxação rotatória de C1 - C2, presente em cerca de 50% dos casos ( Slate at all, 1993). É recomendado em todos os pacientes, principalmente em crianças abaixo de um ano de idade , por possuir a vantagem sobre os raios X de distinguir os diferentes tecidos moles e estruturas ósseas do pescoço. Além disso, é importante na avaliação de casos clinicamente equívocos, na identificação de massas cervicais da criança que se originam de estruturas extramusculares e na detecção de neoplasias primárias do pescoço que podem ocorrer na infância.

Ressonância Nuclear Magnética
 Estudos com a ressonância nuclear magnética ( Davids at all, 1993), evidenciaram achados característicos em ambas as imagens obtidas em T1 e T2. Em crianças com menos de três meses de idade, o músculo esternocleidomastóideo estava alargado e possuía um aumento heterogêneo do sinal. Tanto no plano coronal como no transverso, o diâmetro máximo do músculo envolvido era duas a quatro vezes maior que o normal, em pacientes mais velhos, a ressonância produziu sinais consistentes com atrofia e fibrose de todo o músculo comprometido, sem sinais de inflamação ou edema.

ACHADOS LABORATORIAIS E EXAMES COMPLEMENTARES
 Os achados laboratoriais no torcicolo muscular congênito freqüentemente são normais. Uma biopsia do músculo deltóide, com técnicas histoquímicas de coloração, esta indicada em pacientes que não respondem ao tratamento conservador ou que desenvolvem torcicolo tardiamente, porque nestes casos o torcicolo pode ser apenas a manifestação local de uma doença sistêmica. A biópsia de ser realizada antes da cirurgia corretiva, visto que se pode restabelecer de forma mais segura quais pacientes terão melhor prognóstico. Assim, pacientes cuja biopsia apresente alterações do tipo miopático ou neurogênico possuem pior prognostico do que aqueles em que a biopsia é normal.

  TRATAMENTO

 Avaliação
 O fisioterapeuta observa o aspecto geral da criança, especialmente a posição de sua cabeça em relação ao tronco e aos membros. O nódulo do esternocleidomastóideo, se presente será palpado, anotando-se o seu tamanho. Para examinar a amplitude de movimentos do pescoço, o fisioterapeuta movimenta passivamente a cabeça do lactente em todos os sentidos; atraindo a atenção do bebe, ele será capaz de avaliar o grau de correção ativa que é possível conseguir. O fisioterapeuta precisa esta atento a qualquer sinal de dor aos movimentos ou à palpação do nódulo. Para avaliar o grau de assimetria facial e craniana, a cabeça do bebê deve ser colocada em posição neutra, com o rosto voltado para cima.

O desenvolvimento geral deve ser examinado rapidamente, anotando-se especialmente qualquer assimetria permanente dos membros ou do tronco, quaisquer reflexos anormais ou assimétricos, como, por exemplo, a assimetria do reflexo tônico do pescoço ou a assimetria dos reflexos de Moro, de Galant ou de preensão. Havendo duvidas quanto ao eventual caráter evolutivo da afecção, o médico da criança deverá ser notificado, afim de submete-la a um exame mais minucioso.

Tratamento Conservador
 Em cerca de 80% dos casos, a fibrose não é suficiente para requerer cirurgia corretiva. Em crianças com menos de um ano de idade, o tratamento do torcicolo muscular congênito consiste em exercícios de estiramento muscular ( Emery, 1994). Os exercícios podem ser divididos em duas etapas e devem ser realizados por duas pessoas. Uma das pessoas fixa ambos os ombros e a outra segura a cabeça com uma mão na base do crânio e a outra em torno da mandíbula da criança. A cabeça da criança é então tracionada suavemente. A primeira etapa consiste em tracionar a cabeça da criança com o intuito de afastá-la dos ombros e em seguida realizar uma rotação da cabeça em direção ao lado oposto, de tal forma que a mandíbula aproxime-se do ombro oposto ao músculo lesado. Esta posição deverá ser mantida por 10 segundos. A Segunda etapa consiste em tracionar a cabeça, incliná-la ligeiramente para frente e rodá-la ligeiramente para o lado oposto à lesão. Em seguida, o pescoço da criança é inclinado lateralmente até que a orelha esteja em contato com o ombro. O estiramento é mantido durante 10 segundos. Estes exercícios devem ser repetidos no mínimo cinco vezes, em duas ou mais sessões diárias.

Também deve ser dada orientação para o preparo do quarto do recém-nascido. O berço deve ser colocado junto à parede e a criança colocada de tal forma que para olhar os estímulos tenha que movimentar a cabeça para o lado da lesão, isto é, o lado não lesado deverá estar voltado para a parede, quer esteja em decúbito ventral quer esteja em decúbito dorsal. Dessa forma, pode-se conseguir estiramento do esternocleidomastóideo sem necessidade de cirurgia.

 Tratamento Cirúrgico                                                                                                                        Diversas cirurgias foram preconizadas, desde a mais radical, como a extirpação completa do músculo, até a mais simples, como a secção do músculo em sua porção média. Outras cirurgias recomendadas são o alongamento em "Z" da porção esternal do esternocleidomastóideo, recomendado principalmente em mulheres por não comprometer o aspecto em "V" do pescoço; a liberação esternocleidomastóideo em sua porção proximal ou distal, ou em ambas simultaneamentes. Utilizamos a liberação muscular proximal e distal por acreditarmos que ela dificulta a recidiva do torcicolo, uma vez que o esternocleidomastóideo é liberado tanto de sua origem como de sua inserção. A tendência atual é não utilizar gessos ou aparelhos de imobilização externa no pós-operatório e sim fisioterapia intensiva o mais precocemente possível. O reflexo de correto posicionamento do pescoço deve ser educado através da utilização de um espelho, por um período não inferior a três meses. Em virtude de os pacientes portadores de torcicolo muscular congênito adquirirem o hábito de olhar em plano inclinado, ocasionado pela inclinação lateral do pescoço, considerando esse treinamento de reeducação dos reflexos do correto posicionamento do pescoço como um dos principais fatores para a prevenção de recidivas.

 Tratamento Domiciliar
 É importante que o fisioterapeuta converse com os pais do lactente por ocasião da primeira consulta, não apenas explicando a finalidade do tratamento, mas também lhes dando algumas dicas de ordem prática sobre como tornar o tratamento em casa o mais agradável possível. Infelizmente, num serviço sobrecarregado de trabalho, o torcicolo é às vezes encarado como queixa de pouca importância; a ansiedade dos familiares pode passar despercebida. Alguns pais sentem-se nervosos quando lidam com o lactente pequeno; ao deixarem o consultório do fisioterapeuta, estão as vezes muito ansiosos no que se refere ao treinamento do músculo esternocleidomastóideo que eles serão obrigados a realizar em domicílio.

Os pais devem ser encorajados a aplicar os exercícios pelo menos três vezes ao dia, ao mesmo tempo brincando e falando com o bebê.

O problema de encaixar o tratamento na rotina diária da casa ficará a critério dos pais. No lactente alimentado com mamadeira, esta pode ser dada de maneira a estimular a rotação ativa da cabeça, mas é preferível não realizar os exercícios de movimentação passiva próximo ao horário das refeições, coso os exercícios lhe provoquem dor ou ansiedade; o bebê logo aprende a associar a alimentação com o desconforto causado pela movimentação passiva.

   Imobilização com Capacete e Colete
 Este método de imobilização já caiu em desuso na maioria dos serviços, à exceção de alguns poucos casos de acentuada assimetria craniana, quando é interessante melhorar a moldagem do crânio. O valor da imobilização é duvidoso na maioria dos casos de torcicolo. Acredita-se que a imobilização seja capaz de manter a cabeça do lactente na posição corrigida, o que ela consegue fazer até certo ponto, mas é discutível que a correção assim obtida compense o sofrimento causado aos pais; estes se ressentem dessa demonstração aberta da anomalia.

  PROGNÓSTICO
 O prognóstico do torcicolo muscular congênito pode ser considerado bom, visto que cerca de 80% dos pacientes abaixo de um ano de idade respondem ao tratamento conservador (Morrison e MacEwen, 1982; Emery, 1994). Alguns autores chegam inclusive a questionar a eficácia dos exercícios de estiramento muscular e acreditam que mesmo sem nenhum tratamento a maioria das crianças evolui para correção praticamente completa da deformidade. Portanto, frente a recém-nascidos com torcicolo muscular congênito, devemos tranqüilizar os familiares e informar que em cerca de 80% dos casos o tratamento conservador será suficiente para corrigir a deformidade. Nos 20% restantes que não respondem ao tratamento conservador, em geral os resultados obtidos através da cirurgia corretiva são bons.

Temos adotado como regra para todos os pacientes portadores de torcicolo muscular congênito que não respondem ao tratamento conservador ou que o desenvolvem na infância tardia, a realização de uma biópsia do músculo deltóide com técnicas histoquímicas de coloração, antes da cirurgia corretiva. A utilização de técnicas histoquímicas tem possibilitado a individualização de patologias até então desconhecidas pelos métodos tradicionais de fixação em formol e inclusão em parafina dos fragmentos musculares. A histoquímica e, mais recentemente, a imuno-histoquímica inauguraram uma nova era da patologia muscular. Em pacientes com biopsia de deltóide normal devemos esperar um bom prognóstico, ocorrendo o contrário nos casos com padrão do tipo miopático ou neurogênico. Por outro lado, a biopsia possui ainda a vantagem de estabelecer o tipo de anestésico a ser utilizado, visto que pacientes portadores de algumas formas de miopatias não podem receber anestésicos do tipo volátil sob pena de desenvolverem hipertermia maligna fatal.

Lembramos mais uma vez a importância de um exame cuidadoso dos quadris em todas as crianças portadoras de torcicolo, porque a displasia acetabular e a luxação congênita do quadril não possuem os mesmos índices de bom prognóstico do torcicolo muscular congênito e, quando não diagnosticadas e tratadas precocemente, podem acarretar danos irreparáveis.
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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Estudo descobre forma de "reparo"da esclerose múltipla

Um estudo publicado na Revista Nature Neuroscience, que foi realizada em ratos na Universidade de Cambridge e Edimburgo, na Escócia, identificou uma forma de estimular o sistema nervoso a regenerar-se nos casos de Esclerose Múltlipa.
A pesquisa identificou uma forma de ajudar as células-tronco no cérebro a reparar a camada de mielina, necessária para proteger as fibras nervosas.
Em cerca de 85% dos casos, os pacientes têm uma forma de esclerose múltipla chamada de recaída/remissão, na qual as "crises”, que incapacitam a pessoa, são seguidas de uma recuperação de um nível da função física perdida. Nesta forma da doença, parece haver um reparo natural da mielina.
Mas cerca de 10% das pessoas são diagnosticadas com a forma progressiva da esclerose múltipla, na qual o declínio avança sem qualquer período de recuperação.
Além dessas pessoas, os pacientes da forma recaída/remissão da doença, também podem desenvolver a chamada esclerose múltipla progressiva secundária, que afeta o paciente da mesma forma que a progressiva. Os cientistas têm tentado desenvolver tratamento justamente para esses dois grupos.
No caso da Esclerose Múltipla a perda da camada de mielina, que funciona como uma camada de isolamento leva o dano às fibras nervosas do cérebro. Estas fibras são importantes por enviarem mensagens para outras partes do corpo.
A pesquisa identificou uma forma de estimular as células-tronco do cérebro para que elas regenerem estas fibras. E também mostraram como este mecanismo pode ser explorado para fazer com que as células-tronco do cérebro melhorem sua capacidade de regeneração da mielina.
Com isso, os cientistas esperam poder ajudar a identificar os novos medicamentos que estimulam o reparo da mielina nos pacientes que sofrem com a doença. "Esta descoberta é muito animadora, pois pode abrir o caminho para elaborar medicamentos que vão ajudar a reparar o dano causado a camadas importantes que protegem as células nervosas no cérebro", afirmou o professor Charles ffrench-Constant, da Sociedade para pesquisa em Esclerose múltipla da Universidade de Edimburgo.

* Para quem não sabe o que é Esclerose Mútipla, ou tem alguma duvida clique aqui.

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sábado, 9 de julho de 2011

Tipos de Paralisia Cerebral


São definidas de acordo com as classificações que definem os tipos de Paralisia Cerebral.

Para essa classificação leva-se em conta o tipo de envolvimento neuro-muscular, os membros atingidos por este comprometimento e o grau de comprometimento motor.

De acordo com estes tipos de envolvimento neuro-muscular os autores citam categorias como:

-espasticidade
-atetose ou coreoatetose
-atáxia


Característica de criança espástica:
-Apresenta um tônus que é predominantemente alto
-movimentação é restrita em amplitude e é feita com grande esforço.

Característica criança atetóide:
-Apresenta sempre um tônus muscular instável eflutuante
-Aparecem movimentos involuntários e incoordenados que dificulta a atividade voluntária
-São características as trocas bruscas de tônus muscular, passando de um tônus diminuído ou normal á hipertonia ou vice-versa.

Característica criança atáxica:
-transtornos de equilíbrio
-hipotonia muscular
-incoordenação motora em atividades musculares voluntárias.

De acordo com os membros atingidos pelo comprometimento neuro-muscular podemos ter:

Grupo das displegias: Onde as crianças apresentam um comprometimento maior das extremidades inferiores.

Grupo das quadriplegias: Apresentam um comprometimento do corpo todo.

Grupo das hemiplegias: Apresentam um (lado) do corpo comprometido.

Já de acordo com o grau de incapacidade podemos ter:
-leve
-moderado
-severo
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Paralisia Cerebral

As palavras paralisias e cerebrais são usadas para descrever uma condição de ser, um estado de saúde, uma deficiência física adquirida, um Distúrbio de Eficiência Física que durante muito tempo teve o significado de "invalidez".
Atualmente, o termo Paralisias Cerebrais (P.C.) vem sendo usado como o significado do resultado de um dano cerebral , que leva à inabilidade, dificuldade ou o descontrole de músculos e de certos movimentos do corpo. O termo cerebral quer dizer que área atingida é o cérebro (sistema Nervoso Central - S.N.C) e a palavra paralisia refere-se ao resultado do dano ao S.N.C., com conseqüências afetando os músculos e sua coordenação motora, dos portadores desta condição especial de ser e estar no mundo.
Paralisias cerebrais não são doença, mas uma condição médica especial (que freqüentemente ocorre em crianças), antes, durante ou logo após o parto, e quase sempre é o resultado da falta de oxigenação ao cérebro. As crianças afetadas por Paralisias Cerebrais têm uma perturbação do controle de suas posturas e dos movimentos do corpo, como conseqüência de uma lesão cerebral.
Estas lesões possuem diversas causas, freqüentemente devido à falta de oxigenação antes, durante ou logo após o parto, não existindo dois casos semelhantes, pois algumas crianças têm perturbações sutis, quase imperceptíveis, aparentando serem "desajeitadas" ao caminhar, falar ou usar as mãos, enquanto que as submetidas a lesões cerebrais mais graves, a exemplo de casos de anóxia neonatal, podem apresentar incapacidade motora acentuada, impossibilidade de falar, andar e se tornam dependentes para as atividades cotidianas.

SAIBA QUE:
1. A Paralisia Cerebral não é contagiosa.
2. A pessoa com Paralisia Cerebral tem inteligência normal, a não ser que a lesão tenha afetado áreas do cérebro responsáveis pelo pensamento e pela memória.
3. Se a pessoa portadora de Paralisia Cerebral tiver sua visão ou audição prejudicada pela lesão, terá dificuldades para entender as informações como normalmente são transmitidas; Se o controle da fala for atingidos, terá dificuldades para comunicar seus pensamentos ou necessidades. Quando tais fatos não são observados, a pessoa portadora de Paralisia Cerebral pode ser erroneamente classificada como deficiente mental ou não inteligente.
4. Homens e mulheres portadores de Paralisia Cerebral podem ter filhos como qualquer outra pessoa. As características dos óvulos e dos espermatozóides, bem como a estrutura dos órgãos reprodutores, não são afetados pela lesão cerebral.

"A natureza da deficiência motora varia de acordo com a época, localização e grau em que a lesão cerebral tenha ocorrido (Eliasson et. Al., 1996)".

Usualmente dividem-se as lesões cerebrais em três tipos: 


 Pré Parto - Esta classificação esta relacionada com a ameaça de aborto, choque direto no abdômen na mãe, exposição aos raios-X nos primeiros meses de gestação, incompatibilidade de Rh da mãe e do pai, infecções contraídas pela mãe durante a gravidez (rubéola, sífilis, toxoplasmose), mãe portadora de diabetes ou com toxemia de gravidez e hipertensão da gestante.

Parto - Neste período pode-se ocorrer uma falta de oxigenação ao nascimento da criança (o bebê demora a respirar, lesando parte(s) do cérebro). Em uma revisão bibliográfica identifica-se facilmente as lesões causas por partos difíceis, principalmente nos fetos muito grandes de mães pequenas ou muito jovens (a cabeça do bebê pode ser muito comprimida durante a passagem pelo canal vaginal). Um parto muito demorado ou o uso do Fórceps, manobras obstétricas violentas e os bebês que nascem prematuramente (antes dos 9 meses e pesando menos de 2 quilos), possuem um maior risco de apresentar paralisia cerebral.

Pós Parto - O período recém-nato, também apresenta os seus riscos e a literatura cita casos de crianças que ao passarem por um longo período de febre muito alta (39ºC ou superior) logo nos primeiros meses de vida ou que sofreram uma desidratação com perda significativa de líquidos, adquiriram lesões cerebrais, acarretando em incapacidades motoras e sensoriais como seqüelas. Não só nestes casos, mas também, em casos de infecções cerebrais causadas por meningite ou encefalite, ferimento ou traumatismo na cabeça, falta de oxigênio por afogamento (asfixia), envenenamento por gás ou por chumbo (utilizado no esmalte cerâmico, nos pesticidas agrícolas e outros venenos), além do sarampo e o traumatismo crânio-encefálico até os três anos de idade, são fatores de risco para a paralisia cerebral.


PREVENIR É IMPORTANTE

  · Muitos casos de Paralisia Cerebral podem ser evitados através de campanhas educativas, visando os futuros pais e profissionais que lidam com a gestante, a parturiente e o bebê. É importante a presença de um médico pediatra (neo-natologista) na sala de parto.
  · Antes de pensar em ter filhos, o casal deve passar por exames médicos para detectar a possibilidade de problemas hereditários e a incompatibilidade sangüínea.
  · Ao engravidar, a mulher deve ir periodicamente ao médico, procurar alimentar-se bem, evitar o álcool, o fumo e não tomar remédios sem consultar o médico.
  · Vacinar o bebê e evitar qualquer situação de risco é essencial para uma saúde perfeita.

PARTES DO CORPO AFETADAS

A Paralisia Cerebral atinge diversas regiões do cérebro.
Dependendo de onde ocorre a lesão e da quantidade de células atingidas, diferentes partes do corpo podem ser afetadas, alterando o tônus muscular, a postura e provocando dificuldades funcionais nos movimentos.
Pode gerar movimentos involuntários, alterações do equilíbrio, do caminhar, da fala, da visão, da audição, da expressão facial. Em casos mais graves pode haver comprometimento mental.

TRATAMENTO

Quanto ao tratamento, este consiste em atendimento de uma equipe multidisciplinar, envolvendo neuro-pediatra, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, fonoaudióloga e algumas vezes professores especializados.

Casos há que necessitam suporte medicamentoso, quando existe associação de Paralisia Cerebral com Epilepsia ou quando é intensa a espasticidade, sendo então recomendado o uso de relaxantes musculares.


 TEM PARALISIA CEREBRAL

A pessoa com paralisia cerebral anda com dificuldade ou não anda, pode ter problemas de fala. Seus movimentos podem ser estranhos ou descontrolados. Pode involuntariamente apresentar gestos faciais incomuns, sob a forma de caretas. Geralmente, porém trata-se de uma pessoa inteligente e sempre muito sensível – ela sabe e compreende que não é como os outros.

Para ajudá-la, não a trate bruscamente. Adapte-se ao seu ritmo. Se não compreender o que ela diz, peça-lhe que repita: ela o compreenderá. Não se deixe impressionar pelo seu aspecto. Aja de forma natural... Sorria... é uma pessoa igual a você!
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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Universidade cria aplicativo para iPhone/iPad que diagnostica AVC

A Universidade de Calgary, no Canadá, desenvolveu um aplicativo para iPhone que permite diagnosticar derrames cerebrais com a mesma exatidão de um laboratório.
A universidade afirmou que o aplicativo, denominado ResolutionMD Mobile, que também está disponível para uso em aparelhos móveis que utilizam o sistema operacional Android, pode ser de grande utilidade no meio rural.
"O aplicativo permite uma visualização avançada e as pesquisas mostram que é entre 94% e 100% exato, comparado a um laboratório, para o diagnóstico de derrames agudos", disse o médico Ross Mitchell, que desenvolveu o software original para iPhone, por meio de um comunicado.
O médico acrescentou que "em uma emergência médica, a representação de imagens médicas desempenha um papel importante no diagnóstico e no tratamento e o tempo é determinante no atendimento de derrames agudos".
As conclusões de Mitchell estão baseadas em um estudo realizado pela médica Mayank Goyal, também da Universidade de Calgary, no qual dois neuroradiologistas analisaram em um laboratório e em um iPhone 120 exames de tomografia computadorizada não contrastada (NCCT) e 70 angiografias de tomografia computadorizada (CTA).
"Fomos surpreendidos pela capacidade de detectar dados sutis no CTA utilizando este software. Outra vantagem desta plataforma foi sua capacidade de conduzir facilmente e de forma massiva conjuntos de mais de 700 imagens". 

O aplicativo realiza todo o trabalho de computação em tempo real e os médicos podem ver e manipular as imagens em segundos, enquanto outras ferramentas similares necessitam de até 20 minutos para descarregar os dados.
O software está sendo criado pela Calgary Scientific e a companhia prevê que nos próximos dois anos mais de 50 mil hospitais de todo o mundo terão instalado o programa em suas redes.

Fonte :Folha.com
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terça-feira, 5 de julho de 2011

Cientistas brasileiros e franceses desenvolvem nervo artificial

Uma parceria entre Universidade de Montpellier, na França, e a PUC de Porto Alegre conseguiu criar um nervo artificial. O trabalho pode revolucionar o tratamento de pessoas que perderam a capacidade de movimento das mãos por algum trauma, ajudando na recuperação das funções motora e sensitiva.

Trata-se de um tipo de plástico (polímero), acrescido de um fator de crescimento, substância que faz com que os tecidos se regenerem. Dentro do corpo, eles se transformam num novo nervo, capaz de transmitir os sinais normalmente. Em um ano, o polímero é totalmente absorvido pelo organismo e deixa de existir.

O tubo é bastante fino, menor que um palito de fósforo e é formado por cavidades invisíveis a olho nu, onde ficam os fatores de crescimento. “É uma dimensão 300 vezes menor que um vírus”, afirmou Roberto Hübler, físico que participou do desenvolvimento do material.

Jefferson Braga da Silva, cirurgião que liderou a pesquisa, disse que o nervo desenvolveu uma estrutura muito parecida com a dos naturais e está animado pelo potencial da nova técnica. “A gente obteve resultados muito bons sob o ponto de vista funcional”, disse o médico – nas pesquisas com ratos, mais de 90% dos movimentos foram recuperados.

Hoje, a forma mais comum de se recuperar um nervo é fazendo um enxerto. Nesta técnica, um pedaço de nervo é retirado da perna e implantado na parte do corpo onde se deseja – a lógica é a mesma de uma cirurgia de ponte de safena, usada em alguns pacientes cardíacos. O nervo artificial tende a ser mais eficiente e seguro para os pacientes.

A previsão é de que, em setembro, a técnica seja testada em pacientes do SUS. No campo das pesquisas, o próximo passo é utilizar os polímeros para tentar recuperar lesões ainda mais graves.

“Nós já estamos começando a fazer para o osso, para o músculo e para o tendão, só que daí são outros fatores de crescimento, são outros fatores que vão aumentar a regeneração destes outros tecidos”, apontou Jefferson Braga da Silva.

Fonte: G1
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Droga contra o câncer contribui para regeneração de lesões da medula espinhal

Após uma lesão medular uma série de fatores impede a regeneração das células nervosas. Dois dos mais importantes desses fatores são a desestabilização do citoesqueleto e o desenvolvimento de tecido cicatricial. Enquanto o primeiro evita o crescimento de células, o último cria uma barreira para as células nervosas cortadas.
Cientistas do Instituto Max Planck de Neurobiologia em Martinsried, Alemanha, e seus colegas do Instituto Kennedy Krieger e da Universidade de Miami, nos Estados Unidos, e da Universidade de Utrecht, na Holanda, mostraram que a droga para o câncer Taxol reduz os obstáculos da regeneração.
Paraplegia, esse é muitas vezes o resultado de longa duração quando as fibras nervosas são esmagadas ou cortadas na medula espinhal. Ao contrário dos nervos em um dedo cortado, por exemplo, as células do nervo lesado no sistema nervoso central (SNC) não vão regenerar.
Os cientistas têm trabalhado há décadas para descobrir as razões para esta discrepância na capacidade de regeneração das células nervosas. Eles encontraram uma variedade de fatores que impedem a regeneração das células nervosas do SNC. Uma por uma, uma série de substâncias que agem como sinais de trânsito e acabam com a retomada do crescimento têm sido descobertas.
Outros obstáculos estão dentro das células. Os microtúbulos, tubos de pequena proteína que compõem o citoesqueleto das células, são completamente misturados em uma célula nervosa SNC lesada. Um crescimento estruturado torna-se impossível. Além desses, o tecido perdido é progressivamente substituído por tecido cicatricial, criando uma barreira para o crescimento de células nervosas.
Compreendendo a regeneração 
Frank Bradke e sua equipe do Instituto Max Planck estudaram os mecanismos dentro das células nervosas do SNC responsáveis por parar o seu crescimento. "Nós tentamos provocar as células a ignorar os sinais de parada para que crescessem".
Para essa tarefa, os neurobiólogos se concentraram em estudar o papel dos microtúbulos. Estes tubos de proteína têm um arranjo paralelo na ponta do crescimento de células nervosas, estabilizam as células, empurrando o fim da célula para frente. Este arranjo é perdido em células lesadas do SNC.
Então, como pode a ordem dos microtúbulos ser mantida ou restabelecida nessas células? E uma vez que as células começam a crescer como podem vencer a barreira do tecido da cicatriz?
Com esses questionamentos em mente, a equipe internacional optou por analisar a eficiência de uma droga usada no tratamento do câncer para resolver o problema da regeneração nervosa.

Taxol 

O Taxol, nome comercial de uma droga atualmente utilizada no tratamento do câncer, mostrou promover a regeneração das células nervosas do SNC lesadas.
A pesquisa concluiu que o medicamento estabiliza os microtúbulos, para que sua ordem seja mantida e as células do nervo lesado recuperem a sua capacidade de crescer. Além disso, a droga impede a produção de uma substância inibidora no tecido cicatricial.
O tecido de cicatrização, embora reduzido pelo Taxol, vai continuar a desenvolver no local da lesão e pode assim realizar sua função protetora. No entanto, as células nervosas em crescimento estão agora em melhores condições de atravessar essa barreira. "Isso é literalmente um pequeno avanço", diz Bradke.
Experimentos em ratos, realizados pelo grupo verificou os efeitos do Taxol. Os pesquisadores irrigaram o local da lesão na medula espinal com Taxol através de uma bomba em miniatura. Depois de poucas semanas, os animais apresentaram uma melhora significativa em seus movimentos.
"Até agora, testamos os efeitos do Taxol imediatamente após uma lesão", explica Farida Helal, primeiro autor do estudo. "O próximo passo é investigar se o Taxol é tão eficaz quando aplicado em uma cicatriz já existente vários meses após a lesão".
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Paraplégico consegue andar após estímulo elétrico na espinha

Rob Summers, um americano paraplégico desde que sofreu um acidente de trânsito em 2006, conseguiu se levantar, ficar de pé e caminhar graças a uma combinação pioneira de estímulo epidural da medula espinhal e treino. A conquista foi possível depois de uma pesquisa do Kentucky Spinal Cord Research Center da Universidade de Louisville (EUA) e da Universidade da Califórnia (EUA), que publicaram um artigo na última edição da revista médica The Lancet.
Summers, segundo se pode ver nas imagens que acompanham a pesquisa, é capaz de manter-se de pé durante vários minutos, dando ele mesmo o impulso muscular necessário para se levantar. Com a ajuda de outras pessoas também pode dar vários passos e movimentar de maneira voluntária os quadris, os joelhos, os tornozelos e os dedos dos pés.
Além disso, recuperou parcialmente o funcionamento de seus órgãos sexuais e de sua bexiga, fruto de um tratamento que implica dois elementos fundamentais: a estimulação epidural da medula espinhal e um intenso programa de treinamento físico.
Os pesquisadores basearam seu projeto na estimulação elétrica epidural contínua e direta da parte inferior da medula espinhal do paciente, simulando os sinais que o cérebro transmite em condições normais para iniciar um movimento. Quando o sinal é transmitido, a própria rede neurológica da medula, em combinação com a informação sensorial que as pernas enviam à medula, é capaz de dirigir os movimentos do músculo e das articulações necessários para erguer-se, caminhar, sempre com a ajuda de outras pessoas.
O outro aspecto chave do trabalho foi "reeducar" as redes neurológicas da medula de Summers para produzir o movimento muscular necessário para levantar-se e dar alguns passos. O processo do treinamento durou mais de dois anos de trabalho, após o paciente ter passado por uma cirurgia que implantou nas costas um dispositivo de estimulação elétrica, que é o responsável da voluntariedade dos movimentos.
A professora Susan Harkema e o professor Reggie Edgerton, que dirigiram a pesquisa, expressaram em The Lancet seu desejo que seu trabalho permita aos pacientes que sofreram lesões medulares levar uma unidade portátil de estímulo elétrico.
O objetivo é facilitar a possibilidade dos paciente de se levantarem, se manterem em pé e darem alguns passos de maneira independente, embora sempre com a necessidade de se apoiarem em um andador. No entanto, Harkema e Edgerton se mostraram cautelosos e ressaltaram que ainda há muito trabalho pela frente antes que esta técnica possa se transformar em uma prática habitual.
"É um grande passo adiante. Abre uma grande oportunidade para melhorar a vida diária destes indivíduos, mas temos um longo caminho a percorrer", manifestou a professora Harkema. Edgerton insistiu que "a medula espinhal está pronta, já que as redes neurológicas são capazes de iniciar os movimentos que implicam suportar peso e dar passos relativamente coordenados sem nenhum tipo de informação procedente do cérebro".
"Isto é possível em parte graças à informação que devolvem as pernas diretamente à medula espinhal", explicou. "Esta retroalimentação dos pés e pernas para medula melhora o potencial do indivíduo para manter o equilíbrio e dar uma série de passos, e decidir sobre a direção que vai caminhar e sobre o nível de peso que suporta", indicou Edgerton.
"A medula pode interpretar estes dados de maneira independente e enviar instruções de movimento outra vez às pernas, tudo isso sem participação cortical", acrescentou o investigador. Os autores sublinharam também que o caso de Summers é especial, porque embora esteja paralisado desde o tronco do corpo humano até os pés apresenta uma certa sensibilidade na zona imobilizada.
Summers, de 25 anos, manifestou: "este procedimento mudou totalmente minha vida. Para alguém que há quatro anos era incapaz de movimentar um só dedo do pé, ter a liberdade e a capacidade de levantar-se sozinho é uma sensação incrível". "Poder levantar um pé e poder voltar a colocá-lo no solo outra vez foi incrível, mas além de isso, minha sensação de bem-estar mudou. Meu tom psíquico e muscular melhorou muito, até o ponto que muita gente não acredita que esteja paralisado. Acho que a estimulação epidural me permitirá deixar a cadeira de rodas", disse.

Fonte: Terra
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